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Trabalhador na informalidade tem rendimento 33% menor

Precarização é sinônimo de retrocesso em salários e direitos

Publicado: 31 Julho, 2018 - 13h57

Escrito por: Conticom

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Os trabalhadores informais, aqueles que se viram por conta própria, há menos de dois anos têm remuneração, em média, 33% menor do que os que já estavam nesse tipo de ocupação, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
PIORA - Além disso, as categorias como um todo tiveram queda de rendimentos, piora no perfil de vagas criadas e redução no acesso ao sistema de aposentadorias.
Na ampla recessão em que o país se encontra, o número de trabalhadores que deixaram o emprego formal com carteira assinada e entraram no ramo do trabalho por conta própria aumentou drasticamente: só em 2015 e 2016, foram mais de cinco milhões de pessoas a migrar para essa posição.
REDUÇÃO - De 2016 para 2017, o contingente de profissionais com carteira no setor privado diminuiu em quase 1 milhão de pessoas, redução de 2,8%, enquanto o total de ocupados sem carteira e por conta própria subiu 5,5% e 0,7%, respectivamente. Para piorar, a renda real deles caiu 0,6%.
PRECARIZADAS - Isso pode ser explicado também porque, segundo o levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mais da metade (52%) dessas pessoas passou a desempenhar atividades consideradas “elementares”, como faxineiros, ajudantes e preparadores de comidas rápidas.
DIMINUIÇÃO - Esse tipo de trabalho, com a renda comumente mais baixa do que a de setores mais qualificados, gera outro problema. Com a renda diminuída, 77,4% daqueles que trabalham por conta própria há menos de dois anos não têm CNPJ, nem contribuem no momento com a Previdência Social, de acordo com o Dieese.