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Em 2 anos o setor da construção perdeu 28,2% de toda a mão de obra formal

A queda de 6,5% no PIB do setor da construção no ano passado gerou uma retração de R$ 35,6 bilhões no PIB nacional, além de 932 mil postos de trabalho a menos

Publicado: 12 Junho, 2017 - 11h46

Escrito por: Conticom

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Na semana passada o IBGE divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que constatou que 14 milhões de trabalhadores estão sem emprego no país. O emprego formal no Brasil perdeu 2,7 milhões de postos formais, uma queda de 5,5% em relação a 2015.

“Esse desemprego é um recorde, nós temos que nos preocupar com o mercado interno, a economia só gira quando os trabalhadores estão empregados e tem condições de consumir. Mas com esse índice de desemprego cada vez mais alto a situação vai se tornando desesperadora”, destacou Luiz Queiroz, vice presidente da Conticom.

Na construção o recuo percentual foi muito mais alarmante, de abril de 2015 a abril de 2017, o setor perdeu 28,2% dos seus postos formais. Na construção pesada o emprego formal recuou 27%, enquanto na construção civil 26%.
“Além das obras de infraestrutura do governo federal estarem todas paradas, agora a cadeia produtiva começa a sentir os resultados, na questão predial e nas plantas de montagem industrial, por exemplo, as empresas estão quebrando e mandando milhares de trabalhadores embora em todo o país, muitas delas sem pagar verbas rescisórias”.

Segundo estudo da consultoria LCA, a queda de 6,5% no PIB do setor da construção no ano passado gerou uma retração de R$ 35,6 bilhões no PIB nacional, além de 932 mil postos de trabalho a menos. A construção é um setor chave para a recuperação da economia, pois impacto em praticamente todos os demais setores do país.

Os casos de demissão sem pagamento de verbas trabalhistas tem se multiplicado no país. Segundo o vice-presidente da Conticom, “este foi o caso da Mauro Schievenin, empresa de montagem industrial, que prestava serviços para a Companhia Suzano, e demitiu 80 trabalhadores sem verbas rescisórias. O sindicato está acionando as empresas onde os trabalhadores prestavam serviços para acionar solidariamente”.