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Conticom esteve em peso na Marcha dos 200 mil

Caravanas de todos os estados tomaram a capital federal para dizer “Fora Temer!” em alto e bom som

Publicado: 29 Maio, 2017 - 14h46

Escrito por: Conticom

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Ao lado de mais de 200 mil pessoas, dirigentes e trabalhadores do ramo da construção marcaram presença na grande Marcha organizada pela CUT e as demais Centrais na última quarta-feira (24) em Brasília. Caravanas de ônibus saíram de todos os estados rumo a capital federal para dar um basta aos ataques do governo à Previdência e aos direitos trabalhistas e dizer em alto e bom som “Fora Temer!”. A passeata aconteceu desde o estádio Mané Garrincha até a Esplanada dos Ministérios.

Para o presidente da Conticom, Claudio da Silva Gomes, “é de vital importância para os trabalhadores e para o Brasil que a as reforma trabalhista e previdenciária parem. Esta mobilização história em Brasília deu mais um recado para o presidente golpista e para os parlamentares, porque sabemos que se tiverem eleições indiretas nada vai mudar, pois o projeto político que Temer representa continuará com ou sem ele. Seguiremos pressionando e preparando grandes greves até que tenhamos Diretas!”.

Este foi um dos maiores protestos na capital desde o impeachment de Collor, em 1992. Os manifestantes além de pedir o fim das reformas pediram Eleições Diretas, porque os parlamentares estão fazendo uma tentativa de empurrar goela abaixo eleições indiretas.

A Marcha ganhou ainda mais adeptos desde as denúncias do envolvimento de Temer na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. As provas entregues pelo dono da JBS só reafirmam a inexistência de condições para Temer continuar na presidência da República. Os manifestantes seguiam pacificamente rumo ao Congresso Nacional, mas um enorme bloqueio organizado pela Polícia Militar os impediu de se aproximarem e, após um grupo conseguir furar o bloqueio, bombas de efeito moral começaram a ser lançadas contra toda a manifestação.

Policiais militares foram filmados utilizando inclusive arma de fogo, uma delas atingiu o aposentado, Carlos Cirilo, de 61 anos, que está em coma induzido. Bombas, spray de pimenta, gás lacrimogêneo, bala de borracha e até a cavalaria foi usada com os trabalhadores, numa repressão brutal. Com isso, pelo menos 49 pessoas ficaram feridas. Com medo do povo, Temer acionou as Forças Armadas e colocou 1500 homens para fazerem o policiamento de prédios públicos, o que ocorreu apenas durante a ditadura militar.