SC: Migrantes são resgatados de condições análogas à escravidão

Um grupo de 24 trabalhadores migrantes vindos da Venezuela foi resgatado de uma situação análoga à escravidão em rio Sul, Santa Catarina. A ação foi comandada pelo Ministério do Trabalho em parceria com o Ministério Público do Trabalho e organizações locais.

Segundo matéria publicada no portal OCP News, "os trabalhadores  tiveram conhecimento da oferta de emprego  por meio de publicação em uma rede social, em página direcionada exclusivamente para venezuelanos. Na proposta, o empregador oferecia vagas de emprego com salário de até R$ 3.000,00 mensais para venezuelanos refugiados no Brasil, com moradia e alimentação fornecidos pela empresa". 

Realidade bem diferente

A oferta não era apenas enganosa, mas criminosa. Segundo o coordenador da operação, o auditor-fiscal do trabalho Joel Darcie, os venezuelanos estavam na mais completa informalidade e as condições de trabalho aviltavam a dignidade dos trabalhadores. “Ao chegarem na empresa, os trabalhadores foram instalados em cômodos improvisados, sem camas e banheiro. Eles residiam no local improvisado por uma semana, enquanto trabalhavam na construção do alojamento. Em um dos cômodos do alojamento, a equipe encontrou dois bebês com quatro dias de vida, filhos gêmeos de um dos trabalhadores. Não foi realizado o registro da carteira de trabalho de nenhum dos empregados”.

Combate ao trabalho precário

As condições análogas à escravdião são extremas e representam uma das piores formas de trabalho, mas não são incomuns no setor da construção. Os sindicatos filiados à CONTICOM participam do projeto "Combate ao Trabalho Precário nos Setores da Construção, Materiais de Consrução e Madeira", apoiado pelo Solidarity Center, uma organização voltada à cooperação sindical com sede nos Estados Unidos. O projeto fortalece ações de prevenção ao trabalho precário por meio do diálogo social, negociação coletiva e campanhas especíifcas.