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Em Curitiba, trabalhadores da construção civil conquistam reajustes e avanços na Convenção Coletiva

"Conquistas foram além de questões econômicas", diz presidente da entidade

Publicado: 26 Julho, 2022 - 10h14

Escrito por: Redação CONTICOM - Com informações do Sintracon Curitiba

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Neste mês de julho, os trabalhadores e trabalhadoras no setor de construção da região de Curitiba, PR, comemoraram as conquistas da Campanha Salarial 2022. Os pisos salariais foram reajustados com índices superiores à reposição  integral da inflação do período de 12 meses refentes à data-base da categoria, que foi de 11,9%. Quem ganha acima do piso não teve nenhum prejuízo: a reposição foi integral às perdas calculadas pelo  INPC/IBGE.

Em comunicado oficial, o Sintracon Curitiba informou que "no caso das remunerações globais, que soma os pisos mais o vale compras mensal, os aumentos variam de 12,36% a 12,96%, conforme a faixa salarial de cada função, o que garente ganho real aos trabalhadores e trabalhadoras". 

O conjunto da direção do Sintracon/Curitiba avaliou de forma positiva os resultados da Campanha Salarial 2022. "O ganho real nas remuneraçõe globais de todas as faixas salariais é uma importante conquista diante desse cenário de crise econômica. A inflação alta sempre dificulta as negociações com os patrões, mas não aceitamos nenhum retroceso nos salários e ainda avançamos em todos os benefíicios econômicos", expressou a entidade em matéria publicada em seu site.

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Alimentação

Em tempos de crise, benefícios relacionados à alimentação são ainda mais importantes. O Sintracon/Curitibia informou que o vale compras da categoria passou de R$ 482,06 para R$ 560,00, um aumento de mais de 16%. Já o valor do café da manhã passou de R$ 5,27 para R$ 6,00, obetendo 13,85% de reajuste.

 

Avanços

O presidente do Sindicato, Laureno Grunevald, o Lauro, conta que conquistas não econômicas também foram obtidadas após um intenso processo de negociação coletiva. "A forte atuação do Sintracon Curitiba nas negociações com os patrões garantiu não apenas bons resultados econômicos, mas também a retirada de cláusulas da CCT que não eram favoráveis aos trabalhadores", relata o sindicalista.

Lauro se refere ao fim da meia hora de almoço, proibição do parcelamento do 13.º salário e exclusão do teto salarial para os reajustes. Todos estes itens passaram a existir após a reforma trabalhista de 2017, mas a ação sindical, mais uma vez, provou ser capaz de revogar na prática os efeitos destrutivos da nova legislação trabalhista.