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Em Havana, ativistas de 92 países discutem ações em defesa da democracia e contra o neoliberalismo

Dirigentes da CONTICOM participaram do evento

Publicado: 05 Novembro, 2019 - 11h39

Escrito por: Redação CONTICOM

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                De 1º a 3 de novembro, em Havana, Cuba, os dirigentes da CONTICOM Domingos Oliveira e Raimundo Santos, participaram do Encontro Antimperialista de Solidariedade pela Democracia e contra o Neoliberalismo. Mais de 2 mil ativistas de 92 países integraram o Encontro que debateu seis assuntos considerados prioritários para os povos: a solidariedade à Cuba e outras causas justas; os povos frente o livre comércio e as transnacionais; a descolonização; a guerra cultural; a comunicação estratégica; e as lutas sociais.

Também foram discutidas estratégias da juventude para garantir a continuidade das lutas, a democracia, soberania e antimperialismo, e a integração, identidades e objetivos comuns. 

                Na abertura do encontro, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, advertiu sobre o incremento da hostilidade norte-americana contra a Ilha com medidas para acirrar o bloqueio. Rodrigues denunciou o uso de mecanismos pouco convencionais no âmbito internacional como as ameaças e a coação para impedir a chegada de navios com combustível ao país.

                O presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), Fernando Gonzáles, também discursou no Encontro e convocou os países a impedir o avanço das políticas neoliberais que, segundo ele, "destroem os sonhos de paz e bem-estar social das nações". Vale lembrar que no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tornou pública sua intenção de privatizar estatais consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país, dentre elas a Caixa Econômica Federal, responsável por programas populares de habitação. Na avaliação da CONTICOM, Se concretizada, a privatização da CEF resultará em mais desemprego no setor da construção e maiores dificuldades de acesso à casa própria para a classe trabalhadora.

                Outra participação que também chamou a atenção do público, foi da ativista norte-americana Gail Walker que destacou a importância do Encontro. Walker é diretora executiva da Fundação Inter-religiosa de Pastores pela Paz. Ela lembrou que Cuba se encontra há décadas sob o ataque constante do governo dos EUA, acirrado nos últimos meses pelo presidente Donald Trump e avaliou que o encontro é uma oportunidade para continuar medindo o impacto das agressões norte-americanas a Cuba e a outros países da América Latina e Caribe.

                Os dirigentes da CONTICOM destacaram a importância do Encontro para reafirmar a unidade das organizações de esquerda em todo o mundo, especialmente na América Latina.

 

Lula Livre

                O Encontro também foi marcado pela presença de Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, que apresentou a conjuntura brasileira, especialmente no que se refere à prisão ilegal de Lula. A pestista recebeu um documento contendo mais de 2 milhões de assinaturas de cubanos e cubanas a favor da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A campanha para coleta de assinaturas durou apenas 14 dias.

 

Agenda sindical

                Além da participação no Encontro, os dirigentes da CONTICOM cumprirão, ainda nesta semana, uma série de agendas sindicais, como visitas em obras públicas e diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras cubanos. As atividades fazem parte de um intercâmbio entre sindicalistas brasileiros e lideranças operárias cubanas que também visitarão o  Brasil para entender melhor o processo de organização dos trabalhadores e aprofundar o conhecimento sobre os principais avanços, problemas e desafios do sindicalismo brasileiro.