Escrito por: Imprensa do Sindicato Sul Fluminense

Sindicato Sul Fluminense rejeita proposta patronal em mesa de negociação

Sem reposição de inflação nem ganho real, trabalhadores cogitam greve no setor

Em nova roda de negociação, que ocorreu na última segunda-feira (27), a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Sul Fluminense rejeitou a proposta patronal (Sinduscon-SF) de 5,5% de aumento salarial para o fechamento da Convenção Coletiva da categoria, que tem como data base 1º de julho. A proposta não atende as expectativas dos trabalhadores do setor  e nem da diretoria da entidade que reivindicam a reposição da inflação do período, calculada em 9,31%, mais ganho real.

“Vamos permanecer em negociação com o objetivo de avançar e conquistar um reajuste satisfatório que possa traduzir o reconhecimento e a valorização dos trabalhadores da construção civil”, informou o presidente do Sindicato, Sebastião Paulo, ressaltando que a diretoria da entidade, desde a implantação do Plano Real, nunca fechou nenhum acordo ou convenção coletiva sem a reposição da inflação e a garantia de ganho real. “Não será diferente nesta campanha salarial”, acrescenta.

 Apesar da crise apontada pelo setor patronal, Sebastião Paulo considera o cenário promissor. “A nossa categoria ainda não está sendo afetada pela crise, isso se comprova mediante as várias obras que estão sendo iniciadas e as que já estão em andamento na região”, avalia. Segundo ele, o quadro pintado pelo patronal não corresponde à realidade, uma vez que outras categorias têm conquistado aumentos de acordo com o INPC do período.

“A nossa categoria na sua trajetória de luta já demonstrou o seu poder de força para lutar a favor dos seus direitos e contra a postura patronal de sempre deixar a conta para os trabalhadores pagarem”, esclarece Sebastião Paulo, enfatizando que a diretoria do Sindicato aposta no entendimento e no bom senso no decorrer das negociações, “mas caso isso não seja possível, os trabalhadores do setor já acenam com a possibilidade de greve”.