Escrito por: Conticom
Sindicalistas concentrarão esforços para defender a classe trabalhadora, fortalecer bases e denunciar governo interino
Nos últimos dias 3 e 4, foi realizado o Planejamento Estratégico Situacional (PES) do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Sul Fluminense em Arrozal/RJ. O seminário contou com a participação dos diretores da executiva e da base do sindicato, do presidente da Conticom, Claudio da Silva Gomes, da assessora de imprensa da Conticom, Camila Severo e da representante da internacional da construção e da Madeira (ICM), Marina Gurgel.
Na abertura do evento foi realizada uma mesa de análise de conjuntura, onde o presidente da Conticom fez uma explanação sobre os principais fatores que levaram o país a esta crise atual, destacando que os governos do PT tinham como base a social democracia, que tem o estado como promotor do bem-estar social, fazendo frente ao neoliberalismo aplicado pelos governos anteriores, onde o estado é mínimo e o capital monopolista dita regra na economia.
Essa alta casta começou a boicotar o governo, colocando no Congresso e no legislativo compromissados com pautas bombas, juntamente com Eduardo Cunha, provocando uma crise política e de governabilidade. Foi então que os grandes meios de comunicação no Brasil intensificaram o papel de doutrinação das ideias voltado para uma classe menos privilegiada financeiramente, pressionando de todos os lados pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Por último, Claudinho destacou os próximos desafios que serão o combate aos ajustes na previdência, à terceirização, a flexibilização dos direitos, e aos ataques que virão ao movimento sindical, pare ele, “além da defesa de direitos, temos que engrossar os movimentos sociais. Se não o fizermos reação, seremos tratorados”.
O presidente do sindicato, Sebastião Paulo, destacou que é preciso que os diretores tenham uma boa compreensão sobre cada uma das pautas que o governo interino quer implementar no ataque aos direitos trabalhistas, que o combate claro e conciente possa ser feito.
Na parte da noite houve uma apresentação da ICM, onde Marina destacou a atuação da entidade no trabalho conjunto de sindicatos distribuídos em vários países, e a importância do fortalecimento do movimento sindical para poder fazer frente à globalização e ao neoliberalismo. Marina também destacou as atuações da ICM durante a Copa do Mundo no Brasil, no ramo do cimento, na questão da imigração, e nas medidas de proteção ao trabalho digno em outros países e frisou também o papel das organizações políticas internacionais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), para o combate aos abusos.
Sebastião Paulo, destacou a evolução da gestão na participação e atuação nos espaços de representação sindical e social. O sindicato atualmente faz parte da Federação Estadual, com o diretor Dejair Martins, e teve papel importante na criação da Subsede da CUT /RJ em Volta Redonda, Juarez Antunes e Gilmar Feliz fazem parte da direção Conticom, Juarez também faz parte da direção da CUT/RJ, e o sindicato tem diversos representantes nas associações de bairro.
Após apresentação de cada grupo as propostas foram sintetizadas e colocadas em votação. Foi aprovada a continuidade da participação das agendas de resistência pela democracia, informar categoria sobre as perdas com a reforma trabalhista do novo governo interino, participar da Frente Brasil Popular, discutir no prazo de 30 dias a filiação do sindicato à ICM, aumentar participação dos diretores de base na elaboração da pauta de reivindicações no local de trabalho, fazer reuniões mensais da diretoria, entre outras.