Escrito por: Redação CONTICOM

Representante da CUT no Conselho Curador do FGTS vota por mais verba para habitação

Na última reunião do ano, José Abelha defendeu que orçamento beneficie trabalhadores e trabalhadoras sem moradia

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Abelha (à esquerda) participou de reunião realizada em Brasília

O setor da habitação vai receber quase 90% de todo o orçamento de R$ 117,65 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para 2024. A decisão foi aprovada nesta terça-feira (28/11), na última reunião do ano do Conselho Curador do FGTS, e apoiada por José Abelha, diretor da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom) e representante da CUT no órgão.

Na reunião, ficou definido que, do total do orçamento, R$ 105,65 bilhões serão direcionados para investimentos em habitação e o restante dividido entre saneamento básico e infraestrutura urbana, com R$ 6 bilhões para cada área. A maior parte dos recursos reservados para habitação (R$ 95,15 bilhões) ficará à disposição do programa Minha Casa, Minha Vida.

Abelha, que também é presidente Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Campo Grande (Sintracom) e da Federação do setor no estado (FETRICOM-MS), defendeu com seu voto no Conselho que a maior parte do orçamento deve ser utilizada para financiar a habitação popular.

"Temos como princípio sempre direcionar o uso do FGTS para beneficiar os mais pobres para adquirir a casa própria e a classe trabalhadora que mais sofre com a falta de moradia”, afirma Abelha.

 

O diretor da Conticom CUT também destacou que, do total reservado ao Minha Casa, Minha Vida, quase R$ 10 bilhões serão direcionados para subsidiar a fundo perdido famílias enquadradas nas faixas 1 e 2 do programa, aquelas que têm renda de até R$ 4,4 mil mensais.

"Temos um déficit de cerca de 7 milhões de moradias no Brasil, e a maioria que não tem casa própria se enquadra justamente nas faixas 1 e 2. Portanto, a ampliação do valor dos subsídios vai dar oportunidade para que muita gente possa adquirir o primeiro imóvel", diz Abelha.

 

Equilíbrio e rentabilidade

José Abelha informou ainda que o Conselho Curador foi cuidadoso em não comprometer o equilíbrio do Fundo e a rentabilidade das contas dos trabalhadores.

Segundo informações da Agência Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego explicou que a rentabilidade média das aplicações é suficiente para cobrir todos os custos projetados e formar uma reserva técnica.

“Mesmo com o aumento dos subsídios para o programa Minha Casa Minha Vida, tudo indica que os trabalhadores terão um rendimento de quase 2% acima da inflação esperada para o ano que vem. Saio desta reunião satisfeito por isso e também por saber que contribuí para que os recursos do FGTS ajudem os mais pobres a adquirir a casa própria”, conclui o diretor da Conticom CUT.