Escrito por: Camila Caresia
Trabalhadores da usina de Santo Antônio protestam contra presença da polícia civil nos canteiros
Dando continuidade à mobilização iniciada no último dia 12 por conta das precárias condições mantidas no canteiro da Enesa Engenharia, contratada pelo Consórcio Sustentável do Brasil (ESBR) para montagem dos geradores da Usina Hidrelétrica de Jirau, os trabalhadores mantiveram a greve nos canteiros, a qual aderiram os trabalhadores da Camargo Correa.Não houve, por parte da Enesa Engenharia e da Camargo Correa, proposta de retomada da mesa de negociação. Assim, apoiadas na decisão judicial que decretou a ilegalidade da greve, começaram com as retaliações. Ambas demitiram trabalhadores por justa causa esta semana e a Enesa não fez sequer o pagamento do vale quinzenal.O Sindicato da Construção Civil de Rondônia (Sticcero) procurou junto com a Confederação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Madeira (Conticom/CUT), discutir com as empresas o restabelecimento da mesa de negociação a fim de que atendessem as reivindicações dos trabalhadores para que fosse revertidas as demissões e garantidos os pagamentos.Além disso, a Conticom e o sindicato participaram das três reuniões da mesa tripartite em nível regional onde buscaram entendimento coletivo em busca de uma saída para todos. O governo tem pedido para que as empresas retomem a negociação, uma vez que judicializar a negociação não resolverá o problema.Foi definido que ocorrerá uma assembleia dos trabalhadores na segunda feira, às 11 horas, para deliberar o retorno ou não às obras, condicionada à resposta positiva da Camargo Correa e da Enesa Engenharia em relação às reivindicações.