Escrito por: Redação CONTICOM
Luta teve início após gestão do Complexo Puma II, em Telêmaco Borba, anunciar que não iria liberar trabalhadores na semana entre Natal e Ano Novo
Telêmaco Borba – Na semana passada, cerca de 6 mil trabalhadores na construção do complexo Puma II, nova planta da Klabin, localizado entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, foram surpreendidos com o anúncio de que não teriam o recesso de Natal. Organizados pelo SINTRAPAV/PR e pelo Sindicato local, iniciaram um processo de mobilização no último dia 30, quando cruzaram os braços para participar de uma assembleia sindical.
Uma semana depois do início da mobilização, o SINTRAPAV voltou ao canteiro de obras nesta sexta, 6, e reuniu os trabalhadores que ouviram atentamente a nova proposta da empresa, fruto da negociação coletiva. “Após um intenso processo de negociação, a empresa voltou atrás e vai liberar, sem prejuízos nos vencimentos, os trabalhadores que querem retornar aos seus lares para as festas de final de ano”, relatou Raimundo Ribeiro, o Bahia, presidente do SINTRAPAV, entidade filiada à CONTICOM.
Proposta é aprovada
A proposta construída a partir da negociação coletiva foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores. Será facultativo ao trabalhador permanecer trabalhando durante o recesso, uma forma de não paralisar a construção de um dos empreendimentos mais importantes do Estado do Paraná. “Quem ficar trabalhando terá direito às horas extras que deverão ser pagas com acréscimo de 100%. Além disso, serão realizados sorteios entre quem permanecer na obra. Os prêmios vão de carro zero quilômetro a eletroeletrônicos como televisores e celulares”, explicou Bahia.
Negociação Coletiva protege direitos e benefícios
O recesso de final de ano já era algo previsto no Acordo Coletivo dos trabalhadores do Complexo Puma II, mas a diminuição do ritmo das obras por ocasião da pandemia fez com que os gestores da obra voltassem atrás. “Erram as empresas que pensam que vão retirar benefícios ou direitos e ficar por isso mesmo. Onde há Sindicato combativo, tem luta e mobilização dos trabalhadores”, concluiu Bahia.