Escrito por: Jessica Santos, secretaria de organização adjunta da Conticom
Evento discutiu a luta pela Igualdade Racial e o jovem no mercado de trabalho e sua representatividade na CUT e no movimento sindical
Foram abordados temas como a redução da maior idade penal e o extermínio da nossa juventude negra e ainda o sistema de cotas em universidades. Não podemos fechar os olhos e ignorar o que vem acontecendo no Brasil, o sistema educacional ainda exclui o negro de universidades e as cotas foram essenciais para colorir os bancos das mesmas, mas ainda temos muito a avançar.
O DIEESE levou dados concretos do jovem no mercado de trabalho, como também de forma específica relacionado ao negro e a mulher. O jovem hoje é o que mais sofre com a rotatividade e com os salários baixos. Ao falar do jovem negro e da mulher a situação é ainda mais preocupante, apesar do Brasil ter uma população em sua grande maioria negra, cargos que lidam diretamente com o público mais que não necessitam de muita formação como no comércio e shoppings ainda priorizam os brancos. A mulher negra ainda ganha menos que a mulher branca. O combate a discriminação no trabalho deve ser prioridade no movimento sindical.
Ao falar do jovem no movimento sindical vemos que os mesmos não se veem nos sindicatos. Não dá para atrair o jovem ao sindicato, o jovem precisa se enxergar no sindicato, o sindicato tem que ir até ele. Em relação a política da CUT sobre o jovem nesse mandato terá um número maior de reuniões de seu coletivo. É preciso dar espaço para que o jovem aprenda, se capacite e participe sem excluir os que construíram a história, é necessário coexistir para avançar.
Foi feito o trabalho em grupo, onde foi levantado ideias a serem implantados nas bases, confederações e centrais das quais, mudanças nas formas de comunicação com a base, maior interação em redes sociais e cotas para jovens. Ficou deliberado uma comissão para a oficialização das propostas do encontro e sua redação.
A luta da mulher negra também foi debatida, a CUT defende a construção de uma sociedade livre e com igualdade racial e de gênero.
O local onde foi realizado o encontro casou de forma excelente com os temas debatidos, já que o pelourinho foi palco de muita luta, tortura e de sangue negro derramado fazendo parte da história de luta do nosso povo.