Escrito por: Edilson Damas, do Sinticom
A terceirizada Ferreira Mota vinha, à meses, atrasando o salário de seus funcionários
Uma paralisação parcial da obra teve inicio no dia 8, com os trabalhadores da Ferreira Mota por conta do atraso no pagamento que vinha se repetindo há vários meses. Os diretores do Sindicatodos Trabalhadores da Construção, Mobiliário e Montagem de Campinas e Região (Sinticom) deram um ultimato para que a situação fosse regularizada até dia 11.
A empresa não tomou providências e no dia 15, após o sindicato realizar uma assembleia, todos os trabalhadores da Queiróz Galvão pararam as atividades em solidariedade aos companheiros da Ferreira Mota.
O pagamento de setembro foi então efetuado, além da multa prevista na convenção coletiva e o vale de outubro. “Com a união entre trabalhadores e Sindicato, o resultado veio de forma imediata”, analisa o diretor do Sinticom Ailton Martinelli.
Para o diretor Amilton Mendes, “a Queiróz Galvão se comprometeu a fiscalizar a atuação dos gatos que ela contrata para não haver novas irregularidades nos direitos dos trabalhadores”.
Grandes construtoras brasileiras, que assinaram o Compromisso Nacional para o Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção, precisam tirar o terno que vestiram na cerimônia de assinatura realizada no Palácio do Planalto, por o pé no chão e assumir as diretrizes previstas. Caso contrário, os sindicatos vão fazer valer a força dos trabalhadores por meio de movimentos grevistas e paralisações.