Diretor da Conticom-CUT participou da apresentação de documento que visa garantir direitos dos trabalhadores envolvidos em toda obra ligada a torneios promovidos pela entidade que comanda o futebol mundial
O secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom-CUT), Raimundo Ribeiro, o Bahia, participou nesta quarta-feira (22/10) da cerimônia de assinatura de um acordo histórico celebrado entre a Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM, ou BWI na sigla em inglês) e a Fifa. O acordo visa garantir direitos a todo trabalhador envolvido em obras ligadas a eventos promovidos pela entidade que comanda o futebol no mundo.
Segundo Bahia, que participou da solenidade na condição de presidente do Comitê Regional da América Latina e Caribe da ICM, o acordo de cooperação estabelece uma estrutura para inspeções, treinamentos e relatórios conjuntos para promover condições de trabalho decentes e seguras para todos os trabalhadores envolvidos na construção e reforma de estádios e outras infraestruturas ligadas aos torneios da Fifa. O evento foi realizado em Genebra (Suíça), na sede da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“O que conquistamos é fruto de anos de mobilização e resistência. A partir desse acordo, a Fifa passa a ter uma responsabilidade ainda maior com os direitos humanos e trabalhistas, e isso é uma vitória de todos os trabalhadores do mundo”, destacou Bahia, que também preside o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada no Estado do Paraná (Sintrapav-PR).
O diretor da Conticom-CUT e outras lideranças sindicais de várias regiões do mundo participaram da solenidade ao lado do presidente da ICM Mundial, Per-Olof Sjöö, e do secretário-geral da Fifa, Mattias Grafström. O acordo, assinado durante as celebrações pelo 20º aniversário da ICM, vigora até 2030.
“É essencial que todos os trabalhadores envolvidos em projetos ligados aos nossos torneios desfrutem de boas condições de trabalho, renda justa, segurança no local de trabalho, proteção social e integração. Queremos garantir que todos se beneficiem quando um país sediar um torneio da Fifa, incluindo aqueles que constroem a infraestrutura”, concluiu Mattias Grafström.
Principais pontos do acordo