Escrito por: Conticom, com informações do Observatório Social
Além de um dia de debates sobre a situação do México, trabalhadores participam de ato no Sindicato dos Eletricitários do México, contra a ação do neoliberalismo
Teve início na última quarta-feira (22), na cidade do México, o II módulo de Formação do projeto "Ação Frente às Multinacionais na América Latina" que permite além da formação dos trabalhadores, a troca de experiências entre dirigentes do Brasil, México e Argentina dos quatro ramos que integram o projeto: químico, metalúrgico, vestuário e construção. Aproximadamente 45 pessoas fazem parte do grupo, que também irá discutir o comportamento sociolaboral das empresas multinacionais e as ações sindicais para o combate a precarização do trabalho e o aumento da desigualdade.
Héctor de la Cueva, coordenador do Centro de Investigación Laboral y Asesoría Sindical (CILAS), fez um panorama sobre a realidade do país, onde o México está no topo com o aprofundamento das políticas neoliberais que defendem total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social do país.
O cenário descrito por Héctor é de desaceleração na economia mexicana. A queda nas receitas do petróleo, a estabilização das receitas fiscais, o aumento do custo do serviço da dívida e o aumento da taxa cada vez mais iminente por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos para o México trazem um cenário complicado para o país.
O grupo participou também do Fórum Latino-Americana contra o neoliberalismo, buscando também mostrar solidariedade aos trabalhadores mexicanos que vem enfrentando duros golpes, como o da reforma da educação, um ataque ao magistério democrático que deixaram mortos e feridos nas últimas semanas.
Este é o II Módulo de Formação do Projeto "Ação Frente às Multinacionais na América Latina", que é gerido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Instituto Observatório Social (IOS) com o apoio do centro de formação DGB Bildungswerk (DGB BW), ligado à central sindical alemã DGB.