Escrito por: CUT Nacional

Conticom participa da reunião da ICM com representantes dos trabalhadores nas obras da copa do mundo de 2014

Encontro da Internacional da Construção e da Madeira definiu a entrega de uma pauta única de reivindicações

 

Líderes sindicais representantes dos trabalhadores de dez das 12 obras dos estádios que receberão as partidas da Copa do Mundo de 2014 se reuniram quinta-feira (17) com a ICM (Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira) na capital paulista e definiram uma pauta única de reivindicações para negociarcom as indústrias da construção. Diante dos problemas, ocorreram pelo menos 12 greves nas obras dos estádios em 2011. O documento será entregue à CNI (Confederação Nacional da Indústria), ao Ministério do Trabalho e à Secretaria Geral da Presidência da República até o final deste ano.PRIORIDADES - Os pontos principais são a criação de um piso salarial nacional para os operários, baseado no valor mínimo praticado em São Paulo, de R$ 968. Sobre este valor seria aplicado um adicional correspondente ao crescimento do faturamento do setor da construção civil em 2011 (11,9%), mais a inflação do período.ACRÉSCIMOS - Além disso, foram incorporados à pauta vale-alimentação de R$ 300, plano de saúde extensivo aos familiares dos trabalhadores, pagamento de participação nos lucros no valor de dois salários e pisos para adicionais noturnos, hora-extra de 80% em dias de semana, 100% aos sábados e 150% aos domingose feriados; e folga familiar de cinco dias a cada 60, a começar em uma segunda- feira e somando-se às folgas de sábado e domingo, para o trabalhador voltar à sua cidade de origem e ver a família. À Fifa será levada a reivindicação de pelo menos um ingresso para cada trabalhador dos estádios.ARTICULAÇÃO - Desde março de 2010 a ICM articula com os sindicatos das cidades-sedes da Copa a criação de uma frente única para negociar com as empreiteiras que tocam as obras da Copa.  A Conticom/CUT estava representada pelo seu secretário de relações internacionais, Domingos de Oliveira Davide, que destacou a determinação da Confederação, suas Federações e Sindicatos, de fortalecerem os laços de unidade e mobilizaçãocom vistas à garantia de um Contrato Coletivo Nacional que garanta salário digno e trabalho decente.