Escrito por: Redação CONTICOM
Dados do Novo Caged mostram também que setor teve entre todos os outros o maior crescimento do número total de vagas com carteira assinada no país; Conticom-CUT destaca necessidade de atrair juventude
A construção fechou o mês de agosto com a criação de 17.328 novos empregos com carteira assinada e engatou o oitavo mês consecutivo de resultados positivos nesse quesito, segundo os dados mais recentes do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados no último dia 29/9 pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O setor da construção também se destacou entre todos os demais por ter sido o que registrou a maior variação positiva no estoque de empregos formais, ou seja, o total de vagas com carteira assinada no país.
No Brasil, segundo o Novo Caged, são 3,052 milhões de vínculos formais na construção em agosto, número 0,57% maior que os 3,034 milhões de julho. Nos outros setores, as variações no estoque de vagas formais foram menores: Serviços (0,34%), Comércio (0,30%), Indústria (0,21%) e Agropecuária (-0,14%).
Para o presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira da CUT (Conticom), Cláudio Gomes, os números revelam a importância do setor no mercado de trabalho brasileiro e apontam para o aumento da responsabilidade do movimento sindical.
“Vivemos realmente um dos melhores momentos da construção em nível de crescimento, e nesse contexto um dos nossos objetivos deve ser encontrar formas de atrair a juventude e as mulheres para os canteiros de obras. Uma das nossas principais pautas é a qualificação profissional não só frente à demanda atual, mas também para preparar a categoria às novas tecnologias da construção civil”, disse Gomes durante discurso de abertura do Seminário Nacional da Conticom-CUT, realizado neste mês de setembro em João Pessoa-PB.
Juro alto preocupa
Na contabilidade geral, com todos os setores incluídos (construção, agropecuária, indústria, comércio e serviços), o país também teve saldo positivo em agosto, com a criação de 147.358 novos empregos formais, resultado da diferença entre 2.239.895 admissões e 2.092.537 desligamentos.
Apesar desse saldo positivo de agosto ter superado o de julho (134.251), a criação de empregos voltou a cair na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 239.069 – uma queda 38,3%
Na avaliação das lideranças da Conticom, reunidas no Seminário Nacional de João Pessoa, a mobilização popular pela queda da taxa básica de juros (Selic), definida pelo Banco Central, se torna algo fundamental para o crescimento do setor.
De acordo com os debates realizados na atividade, programas do governo federal como PAC e Minha Casa, Minha Vida são essenciais para a conjuntura econômica favorável do setor, contudo, a taxa de juros mantida pelo Banco Central prejudica investimentos privados e isso é preocupante no médio prazo.