Escrito por: Conticom, com informações da CUT

Após serem proibidos de entrar na Câmara, dirigentes da CUT lançam Agenda Legislativa no Senado

Atividade aconteceria no Salão Nobre da Câmara, mas Cunha desmarcou duas horas antes

Na última quarta-feira (2), faltando apenas duas horas para o lançamento de um estudo da CUT sobre projetos que afetam a classe trabalhadora, os dirigentes sindicais da Central foram informados sobre o cancelamento do evento, marcado no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, e a proibição de sua entrada.

A Agenda Legislativa, que a Central acabou apresentando no Senado, é um contraponto à Agenda Brasil divulgada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Entre os temas para os quais os trabalhadores apresentação alternativas estão a negociação coletiva, o direito de greve no setor público, a redução da jornada e a terceirização.

Claudio da Silva Gomes, presidente da Conticom, explicou que a Agenda “é a pauta do que temos que fazer no congresso nacional, o trabalho de pressão, para aprovar os projetos dos nossos interesses e para combater os que são nocivos para os trabalhadores, como a questão da terceirização, trabalho do menor e a exclusão de alguns direitos. Essas mudanças na legislatura são extremamente conservadoras e calcadas nas necessidades do empresariado, que tem imposto para nós como agenda legislativa, e que tem sido votada de acordo com os interesses do presidente do congresso, que sabemos que é extremamente patronal e anti trabalhador”.

O secretário de Organização e Política Sindical da CUT, Jacy Afonso de Melo, criticou o autoritarismo de Cunha, “ele usa os mesmos instrumentos que eram usados pela ditadura, de impedir o povo de participar das atividades legislativas. Muito nos estranha que esta seletividade no ingresso ao parlamento é sempre quando a CUT faz uma atividade na Câmara. Cunha como presidente de um dos poderes da República deveria ser um dos principais interlocutores da democracia e não o contrário”, diz o dirigente.