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Curitiba: SINTRACOM denuncia empresa por contrato precário de migrantes

Trabalhadores pernambucanos foram abandonados por empreiteiro em condições precárias de moradia

Publicado: 20 Fevereiro, 2019 - 16h54

Escrito por: Redação CONTICOM

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            O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Madeira de Curitiba e Região, entidade filiada à CONTICOM, denunciou a empresa Lyx Participações e Empreendimentos por manter trabalhadores migrantes em condições precárias de moradia, falta de pagamento das verbas rescisórias e descumprimento da NR 18.

            De acordo com Domingos Oliveira, Diretor de Finanças do SINTRACOM, na última quinta-feira, 14, foi iniciado um tenso processo de negociação para garantir os direitos de 13 trabalhadores vindos de Recife e quarteirizados em uma obra da Lyx em Curitiba. “Eles foram obrigados a fornecer endereços falsos para a contratação e mantidos em condições desumanas de alojamento. Além disso, foram abandonados pelo empreiteiro contratado pela VCCON, terceirizada da Lyx”, explica.

            Em mediação feita pela Procuradoria Regional do Trabalho nesta terça-feira, 19, a empresa se comprometeu em pagar todos os direitos trabalhistas e fornecer passagem aérea para o retorno dos trabalhadores a Recife no prazo máximo de 10 dias. Nesse período, a Lyx e a VCCON serão responsáveis pela hospedagem e alimentação de todos os envolvidos.

 

Problema é recorrente

            Domingos afirma que não é a primeira vez que a Lyx comete a mesma irregularidade. “Recentemente defendemos um grupo de trabalhadores vindo da Bahia que foi vítima do mesmo problema. Somente após muita negociação envolvendo o MPT, os trabalhadores receberam as verbas rescisórias e as passagens de retorno. No caso dos pernambucanos, a Lyx e a VCCON sequer garantiram a alimentação após o abandono do empreiteiro. Se não fosse o sindicato fornecer comida, eles teriam passado fome”, conta.

 

            O Sindicato continuará acompanhando o caso até que os trabalhadores recebam as verbas rescisórias e as passagens de retorno para a cidade de origem. “Se for preciso, recorreremos à Justiça do Trabalho”, afirma Domingos.