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Sindicalistas avaliam nível de contágio por coronavírus entre trabalhadores do setor da construção

Protocolos de segurança e paralisações por adiantamento de feriados foram temas de reunião

Publicado: 29 Março, 2021 - 08h28

Escrito por: Redação CONTICOM

Em reunião com sindicatos filiados, realizada na tarde dessa quinta-feira, 26,  dirigentes do ramo da construção e madeira avaliaram o aumento do contágio e mortes por coronavírus entre trabalhadores e protocolos de segurança frente à pandemia.

De acordo com os relatos dos dirigentes, o contágio aumentou em todas as bases sindicais representadas na reunião, sobretudo entre trabalhadores mais jovens, o que segue a tendência nacional em que aponta o aumento expressivo de casos graves na população considerada de menor risco. No Estado de São Paulo, a taxa de óbitos entre pessoas de 20 a 59 anos subiu 40% desde o começo de janeiro

Como resposta a esse fato, o debate levantou a importância da cobrança às empresas, por meio da negociação coletiva, de protocolos ainda mais rígidos de segurança nos locais de trabalho. “O momento é de reforçar a segurança e conscientizar trabalhadores de que é preciso se proteger dentro e fora do trabalho”, concluiu Luiz Queiróz, dirigente da CONTICOM.

 

Lockdown

No último dia 21, centenas de economistas neoliberais, empresários e banqueiros divulgaram carta aberta em que criticam a “negligência” do presidente Jair Bolsonaro e exigem a urgência da vacinação e políticas públicas com base na ciência. Os signatários do documento, que teria sido incentivado pelos principias banqueiros do país, defendem uma articulação nacional para implementar medidas de distanciamento socialem todo o Brasil. O documentodefende lockdown geral e critica o “falso dilema” entre salvar vidas e a economia, adotado por Bolsonaro, de acordo com matéria publicada no site da Rede Brasil Atual.

Para os participantes da reunião da CONTICOM, é preciso se preparar para uma paralisação nacional do ramo, como já acontece no estado de Pernambuco.  “Numa conjuntura de poucas vacinas e muito contágio, o Lockdow está em vigência em Pernambuco e vale também para o setor da construção. No nosso entendimento essa é a única forma de impedir o avanço do vírus e evitar o colapso total do sistema de saúde público e privado”, destacou Dulcilene Moraes, diretora do Sindicato Marreta. A sindicalista propôs ainda a realização de uma Campanha em nível nacional por testagens dos trabalhadores da construção.

 Para Claudio Gomes, presidente da CONTICOM, um possível lockdown no setor da construção não está descartado. “A pandemia está fora de controle e não há vacina em número substantivo para barrar o avanço do vírus. Os próprios empresários já apontaram o lockdown como uma alternativa para salvar vidas e salvar a economia, portanto essa é uma possibilidade concreta”, avaliou.