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Direção Nacional da CUT dialoga com movimentos sociais: trabalho decente antes e depois da Copa

Ação conjunta defenderá melhores condições de trabalho, segurança, salários justos e direito à proteção social

Publicado: 24 Março, 2012 - 13h37

Escrito por: Leonardo Severo

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Reunida em São Paulo nesta quinta-feira (22), a Direção Nacional da CUT debateu com movimentos sociais uma ação conjunta por trabalho decente antes e depois da Copa do Mundo de Futebol de 2014. A ideia comum é ampliar a pressão por melhores condições de trabalho, segurança, salários justos e direito à proteção social, além de lutar pela democratização do acesso ao esporte e ao lazer.

De acordo com Maurício Rombaldimembro da Internacional da Construção e da Madeira (ICM)e coordenador da Campanha por Trabalho Decente na Copa 2014, a mobilização envolve todas as centrais sindicais do país e federações, que realizaram inúmeras greves e consensuaram uma pauta nacional do setor da construção para potencializar conquistas.

Representando a Frente Nacional dos Torcedores, João Hermínio Marques explicou a atuação da entidade em defesa do futebol justo, democrático e popular, contra a elitização do esporte, sublinhando a importância da articulação com a CUT para fortalecer a pressão por direitos e levar o movimento adiante.

Em nome da Streetnet, organização que luta em defesa dos trabalhadores do comércio ambulante, Maíra Vanuchi defendeu a parceria com a CUT para efetivar uma política de formação que beneficie o segmento. O objetivo, ressaltou, é para que as lideranças ambulantes atuem de forma cada vez mais solidária, num processo que os capacite para atuar nos espaços de negociação com o setor público. “Esperamos que o grande legado da Copa seja uma articulação nacional do movimento”, frisou.

O vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom-CUT), Luiz de Queiroz, lembrou que é preciso assegurar condições dignas de trabalho aos operários nos 12 estádios em construção, nos 13 aeroportos em reforma e construção, nos sete portos em reforma e nas 37 obras de mobilidade urbana, pois estão sendo feitos com recursos públicos, do próprio trabalhador, e nada mais justo que retornem como um ganho social à categoria e à sociedade. “A contrapartida social é uma bandeira cutista. Estamos empenhados em que este ponto seja respeitado, assim como queremos que o Contrato Coletivo Nacional garanta um novo patamar de direitos em todo o território”, asseverou Luizinho

Secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício pediu atenção aos desdobramentos da campanha também no setor hoteleiro, de vestuário e serviços, uma vez que a organização do movimento no segmento da construção está bem mais adiantado. João Felício lembrou o acúmulo já existente com a experiência da atuação conjunta com as centrais sindicais da África do Sul e a Streetnet.

Para o secretário geral da CUT, Quintino Severo, a Central está dialogando com os movimentos sociais em relação à Copa, mas também em relação às Olimpíadas, pois esta parceria é essencial não só para garantir direitos e conquistas, como também para democratizar o direito ao esporte e ao lazer.

Entre outros avanços, a pauta nacional unificada dos trabalhadores da construção aponta para a necessidade de pisos salariais unificados, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), Plano de Saúde, adicional noturno e implementação de melhores condições de saúde e trabalho nas frentes de serviço. “Esta pauta deve valer para todos os trabalhadores e trabalhadoras do setor da construção a nível nacional”, concluiu Luizinho.