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Operários do Amazonas param por aumento salarial e em defesa de direitos

Sindicato patronal quer retirar da convenção direitos conquistados com muita luta, como cesta básica e vale transporte, e reduzir salário

Publicado: 17 Abril, 2018 - 10h46

Escrito por: Conticom

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Milhares de trabalhadores da construção civil do Amazonas decidiram, em assembleia realizada na última sexta-feira (13), paralisar as atividades por tempo indeterminado. A manifestação foi uma resposta à provocação do sindicato patronal, que quer retirar da convenção coletiva direitos conquistados com muita luta, como cesta básica, vale transporte e horas extras, além de reduzir o já mais do que arrochado salário da categoria. 
Na parte da manhã os trabalhadores tomaram a avenida Mário Ypiranga, na zona centro Sul de Manaus, de onde seguiram a pé até o prédio do Ministério Público do Trabalho (MPT), bloqueando o trânsito, que ficou congestionado.
REIVINDICAÇÕES - A categoria reivindica um aumento salarial de 10%, além de melhores condições de segurança e trabalho, manutenção de benefícios e o cumprimento integral da convenção coletiva de trabalho.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Montagem e Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec-Am), Cícero Custódio, cerca de dez mil trabalhadores cruzaram os braços. O dirigente anunciou que a paralisação vai continuar enquanto não houver um entendimento com o patronato.
INSEGURANÇA - Levantamentos apontam que o aumento da terceirização e da precarização tem se refletido em um crescimento do número de acidentes - e de mortes - nos canteiros de obras. “Essa greve também é um protesto contra essas mortes. Seis trabalhadores morreram só esse ano por conta de falta se segurança e fiscalização nos canteiros de obras. Os terceirizados não têm carteira de trabalho e os empresários estão terceirizando para massacrar o trabalhador”, denunciou Cícero Custódio.
SASSÁ - Presente ao protesto, o vereador Sassá da Construção (PT), elogiou a determinação da categoria em fazer valer os seus direitos: “Este é um importante referencial para os demais trabalhadores do Amazonas irem à luta e não aceitarem os retrocessos impostos por Temer e pelos golpistas com a reforma trabalhista”.