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Macrossetor Indústria entrega a Maia 100 mil assinaturas contra PEC da Previdência

"Se essa PEC passar o operário da construção vai morrer trabalhando”, afirmou o presidente da Conticom

Publicado: 15 Março, 2017 - 15h27

Escrito por: Conticom

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Para deixar claro o descontentamento dos trabalhadores no ramo industrial com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que acaba com as aposentadorias, representantes do Macrossetor da Indústria da CUT (MSI) entregaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), na tarde da última terça-feira (14), abaixo-assinado com cerca de 100 mil assinaturas.

Os sindicalistas, representantes dos trabalhadores nos setores metalúrgico, químico, têxtil, construção e alimentação, se reuniram com Rodrigo Maia no gabinete da presidência da Câmara, em Brasília.

O presidente da Conticom, Claudio da Silva Gomes, destacou que a PEC 287 praticamente acaba com a possibilidade de aposentadoria do trabalhador da construção, um dos setores mais afetados pela reforma. “O trabalhador da construção já praticamente não se aposenta por tempo de contribuição, dada à rotatividade e a natureza de esforço físico do próprio setor, se essa PEC passar o operário da construção vai morrer trabalhando”.

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, afirmou que “essa reforma representa a morte para uma parcela significativa da classe trabalhadora”, e reforçou que as 100 mil assinaturas são a primeira “leva” de uma ação que as entidades do Macrossetor da Indústria estão fazendo nas bases sindicais em todo o país.

A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo do vestuário (CNTRV), Cida Trajano, lembrou Maia da injustiça da PEC com as mulheres trabalhadoras, ao propor a mesma idade para aposentadoria de homens e mulheres “as mulheres terão que trabalhar quase 20 anos a mais para se aposentar, isso é desumano”.