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Sindicatos convocam grande ato em defesa do COMPERJ dia 31

FUP e Sintramon puxam ato pela volta de empregos e investimentos

Publicado: 30 Janeiro, 2017 - 18h01

Escrito por: Conticom

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O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, era para ser um dos maiores empreendimentos da Petrobrás, em investimento e importância. O projeto contemplava uma unidade de refino com capacidade de processamento de 165 mil barris de petróleo por dia, além de uma unidade de petroquímicos básicos de primeira geração – eteno, benzeno, p-xileno e propeno – e seis unidades de petroquímicos de segunda geração.

Mas partir de janeiro de 2015, com o agravamento da crise política e econômica no país, e o novo plano de negócios da Petrobras, começou uma desmobilização brutal e criminosa no empreendimento. O resultado é visível nas obras vazias, nas lojas que fecham todos os dias e no investimento que foram embora da cidade.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Manutenção e Montagem Industrial de Itaboraí (Sintramon), Marcos Hartung, “hoje temos menos de 200 trabalhadores na nossa base e uma obra parada. Evidente que a política de demissões e de destruição de toda a tecnologia nacional aplicada no COMPERJ afetou profundamente a vida do trabalhador de Itaboraí e de toda a região”.

A própria Petrobrás resolveu que somente a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) será finalizada dentro do Plano de Investimentos 2015-2019, mas até mesmo essa obra está tendo dificuldades para seguir adiante.

Segundo Marcão “recentemente a Petrobras divulgou abertura de novas licitações, convidando 30 empresas estrangeiras para participar. O problema é que as empresas que vem ganhando muito espaço, trazendo sua própria mão de obra, e deixando de lado o trabalhador brasileiro. Além disso, uma simples pesquisa no Google mostra que muitas delas participaram de esquemas de corrupção em seus países de origem. Não podemos deixar isso acontecer”.

Para o dirigente, “a direção da Petrobras pode iniciar as obras interligadas da UPNG este ano, basta querer. São mais de três mil postos de trabalho que poderiam ser gerados se as obras começassem a contratar de imediato”.