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No Comperj, montadores de andaimes param terceirizada

ntre outras irreguilaridades, a Santana Montagem pagava abaixo do piso, não pagava vale alimentação e nem tinha plano de saúde

Publicado: 14 Outubro, 2016 - 12h50

Escrito por: Conticom

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Trabalhadores da Empresa Santana Montagem Industrial, terceirizada da Alumini para a desmontagem de andaimes no HCC do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), fizeram uma paralisação na segunda-feira passada (10), porque a empresa estava descumprindo a convenção coletiva.

A empresa foi contratada recentemente para desmontar andaimes que já estão há mais de três anos no local, expondo os trabalhadores que atuam na manutenção do Complexo em risco. A Santana é a mesma empresa que atuou nas obras de desmontagem no parque olímpico, inclusive os mesmos funcionários que atuaram depois das olimpíadas estão agora no Comperj.

A empresa estava pagando para os trabalhadores R$ 1700, enquanto o piso salarial do montador de andaime no Comperj é de R$ 2200. A Santana também não pagava vale alimentação e entregava marmitex para os trabalhadores (abolido há anos do Comperj), não seguia a NR 18, não tinha plano de saúde, entre outras irregularidades.
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Itaboraí (Sintramon) denunciou o ocorrido à Petrobrás, e na próxima terça-feira (18) terão reunião com a empresa, que se comprometeu em regularizar a situação dos trabalhadores.

Para Marcos Hartung, vice-presidente do Sintramon e secretário de políticas Sindicais da Conticom, “por aí dá para se ter uma ideia da precarização das obras das olimpíadas. Os trabalhadores estavam totalmente intimidados para fazer a paralisação e cobrar seus direitos, achando que os patrões os enviariam para outra obra sem pagar os direitos”.