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Operários de todos os estádios da Copa devem entrar em greve geral

Os trabalhadores buscam por uma uniformidade no piso salarial e nos benefícios para todo o país

Publicado: 06 Fevereiro, 2012 - 15h07

Escrito por: Leonardo Severo

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Os canteiros de obras dos 12 estádios para a Copa do Mundo de 2014 poderão enfrentar uma greve geral no mês de março com a unificação de todo o movimento sindical brasileiro. A razão para a greve geral é a busca por uma uniformidade no piso salarial e nos benefícios para todo o país, com a forte presença da CUT, das Federações  cutistas e seus Sindicatos, somada às demais centrais. 
 
CONTICOM - Segundo Claudio da Silva Gomes, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom/CUT), o objetivo é que não haja uma disparidade tão grande entre os salários pagos em diferentes regiões do país. “Os trabalhadores fazem as mesmas coisas em diferentes Estados. Por que o salário de um trabalhador do Sudeste é tão diferente do Nordeste?", questionou. Dependendo do resultado das negociações, a greve pode se estender até para obras que não tenham relação com a Copa, alertou o presidente da Conticom.
 
ENCONTRO PREPARATÓRIO - Para resolver o assunto, as centrais sindicais pretendem realizar uma reunião, até o dia 15 de março, juntamente com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o Ministério do Trabalho e com a Secretaria Geral da Presidência para que seja apresentada uma proposta de piso salarial único para todo o território brasileiro.
 
PAUTA - As entidades defendem piso nacional unificado de R$ 1,1 mil para ajudantes de obras, profissional que hoje ganha cerca de R$ 600 na região Nordeste. Para carpinteiros e pedreiros, o pleito é de R$ 1.580, quando a média atual é de R$ 1,2 mil. A cesta básica requerida é de R$ 350. Os planos de saúde, muitas vezes limitados ao trabalhador, deverão ser estendidos às suas famílias. Quanto à hora extra, o pedido é que o percentual pago seja de 100% durante os dias de semana, diante da média de 50%, como acontece na maioria dos Estados. Finalmente, os trabalhadores querem folga de cinco dias úteis consecutivos a cada 60 dias trabalhados, para visitar familiares, com custo de transporte bancado pelas empresas.