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Após paralisação vitoriosa contra assédio moral na Andrade Gutierrez, operários de Angra 3 preparam pauta salarial

Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada de Angra dos Reis e Paraty (Sticpar) amplia mobilização

Publicado: 06 Fevereiro, 2012 - 14h59

Escrito por: Camila Caresia

 

A greve dos cerca de três mil trabalhadores da construção em Angra 3 contra o assédio moral dentro dos canteiros chegou ao fim na última terça-feira (31), após a empresa jogar a toalha e afastar os chefetes que maltratavam os operários. Iniciada na quarta-feira (25), a paralisação comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada de Angra dos Reis e Paraty (Sticpar) garantiu o remanejamento dos chefes que se comportavam como capatazes para funções administrativas, bem distante do dia a dia dos canteiros.
 
Em audiência no Tribunal Regional do Trabalho, ficou acertado que a empresa vai abonar dois dias e meio da greve, com os trabalhadores pagando três dias da paralisação. A assembleia ratificou o acordado no TRT, somando ao lado do Sindicato no alerta à empresa de que fatos deploráveis como o assédio moral pela chefia não mais se repitam.

MAIS CONQUISTAS - Na avaliação do presidente do Sticpar, Marcelo Vidal, a situação acabou sendo vitoriosa para os trabalhadores que acumularam em unidade e mobilização. “Acho que isso é um grande avanço para a categoria, que demonstrou união no momento mais difícil da nossa história. Não foi fácil, mas conseguimos mostrar o nosso valor. Fizemos um acordo onde nenhum funcionário será demitido e os cargos de chefia serão remanejados para fazer serviços administrativos”, destacou. Com base neste acúmulo, avalia, ficará mais fácil apresentar a nossa proposta de dissídio coletivo. “Acredito que após essa vitória na greve não teremos dificuldades para negociar o melhor para o trabalhador”, frisou.