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Conticom participa do II módulo de Formação "Ação Frente às Multinacionais na América Latina" no México

Além de um dia de debates sobre a situação do México, trabalhadores participam de ato no Sindicato dos Eletricitários do México, contra a ação do neoliberalismo

Publicado: 23 Junho, 2016 - 18h49

Escrito por: Conticom, com informações do Observatório Social

Teve início na última quarta-feira (22), na cidade do México, o II módulo de Formação do projeto "Ação Frente às Multinacionais na América Latina" que permite além da formação dos trabalhadores, a troca de experiências entre dirigentes do Brasil, México e Argentina dos quatro ramos que integram o projeto: químico, metalúrgico, vestuário e construção. Aproximadamente 45 pessoas fazem parte do grupo, que também irá discutir o comportamento sociolaboral das empresas multinacionais e as ações sindicais para o combate a precarização do trabalho e o aumento da desigualdade.

Na abertura, representantes dos ramos falaram sobre a importância da formação como estratégia para a consolidação da luta da classe trabalhadora, assim como para atrair novos militantes e criar lideranças e resgatar a consciência política dos trabalhadores.

Héctor de la Cueva, coordenador do Centro de Investigación Laboral y Asesoría Sindical (CILAS), fez um panorama sobre a realidade do país, onde o México está no topo com o aprofundamento das políticas neoliberais que defendem total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social do país.

O cenário descrito por Héctor é de desaceleração na economia mexicana. A queda nas receitas do petróleo, a estabilização das receitas fiscais, o aumento do custo do serviço da dívida e o aumento da taxa cada vez mais iminente por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos para o México trazem um cenário complicado para o país.

O grupo participou também do Fórum Latino-Americana contra o neoliberalismo, buscando também mostrar solidariedade aos trabalhadores mexicanos que vem enfrentando duros golpes, como o da reforma da educação, um ataque ao magistério democrático que deixaram mortos e feridos nas últimas semanas.

Claudio da Silva Gomes, dirigente da CUT Nacional e presidente da Conticom, relatou as dificuldades que o Brasil vem enfrentando com o avanço do neoliberalismo. "Assim como o México, o país sofreu um processo de desestatização das empresas de energia elétrica na década de 90, sendo hoje quase todo ele privatizado", explicou. "Isso provocou a redução de empregos, perda salarial e de benefícios; precarização e terceirização intensiva do serviço. Conseqüências comuns num processo como este".  Claudio reforçou a solidariedade do Brasil aos trabalhadores que vem sofrendo com a situação no México.

Este é o II Módulo de Formação do Projeto "Ação Frente às Multinacionais na América Latina", que é gerido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Instituto Observatório Social (IOS) com o apoio do centro de formação DGB Bildungswerk (DGB BW), ligado à central sindical alemã DGB.