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Coletivo Nacional de Mulheres da CUT se reúne em São Paulo

Dirigentes rechaçam reforma da Previdência de Temer

Publicado: 15 Junho, 2016 - 19h24

Escrito por: Conticom, com informações da CUT Nacional

Nesta quarta-feira (15), foi realizada em São Paulo, a reunião do Coletivo Nacional de Mulheres da CUT, a reunião propôs uma reflexão sobre previdência, sua estrutura atual e o financiamento no futuro. A reforma é uma das prioridades na agenda do desgoverno de Michel Temer, que pretende aumentar a idade ou o tempo de contribuição.

Durante a reunião, a economista e pesquisadora da Unicamp, Marilane Teixeira comparou o Brasil com os países mais desenvolvidos, onde o trabalhador que chega aos 65 anos em países com maior expectativa de vida tem uma qualidade muito superior. “Isso torna a elevação da idade para a aposentadoria algo muito cruel, especialmente, num período de crise em que há pressão ainda maior para entrar cada vez mais rápido no mercado de trabalho”, analisou.

A dirigente do Sindicato dos Sapateiros de Ivoti (RS), Rosane Silva, alertou que não basta lutar contra idade mínima para aposentadoria se salário mínimo for desvinculado da Previdência, como deseja Michel Temer. “Para os mais leigos, essa proposta vai parecer menos nociva, mas, principalmente, as mulheres trabalhadoras rurais vão sofrer com a perda gradativamente”.
 

Dulcilene Moraes, dirigente da Conticom e presidente do Morreta/PE, esteve presente na reunião, representando o ramo.

Também foi lembrado o desprezo de Temer à discussão sobre igualdade é a extinção de núcleos de gênero em qualquer pasta, como o Ministério do Trabalho, além do fim da secretaria das Mulheres, para minar qualquer discussão sobre avanços sociais.

Temas que vinham avançando dentro do governo, como a Convenção 156 da OIT (sobre divisão de responsabilidades familiares) e a ampliação da licença-maternidade paralisaram e tendem a retroceder. “Nossa resposta tem de ser de resistência e auto-organização. Nós é que temos de pautar os temas das mulheres”, encerrou.