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Três mil operários de braços cruzados em Angra 3 contra abusos da Andrade Gutierrez

Reunião de conciliação marcada para esta segunda pode colocar fim ao movimento iniciado quarta-feira

Publicado: 30 Janeiro, 2012 - 14h35

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Cerca de três mil trabalhadores da construção de Angra 3 estão em greve desde a última  quarta-feira. Uma nova assembleia realizada pelo Sticpar (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada de Angra dos Reis e Paraty) com os trabalhadores da empresa Andrade Gutierrez, decidiu, quinta-feira, manter a paralisação.

Mantendo sua política de truculência e perseguição, a Andrade Gutierrez apresentou uma proposta ridícula de abono para os dias de greve, para as advertências e de atestados médico, amplamente rejeitada pelos operários. Os trabalhadores reafirmaram que só voltarão às atividades normais, após a demissão de três pessoas, que ocupam cargos de confiança na empresa, acusadas de perseguir os operários.

ATROPELO - O presidente do Sticpar, Marcelo Vidal, disse que em vez de negociar, a Andrade Gutierrez entrou com uma ação judicial no Ministério do Trabalho contra a paralisação. “Soubemos da ação e imediatamente acionamos o nosso departamento jurídico, que está desenvolvendo a defesa dos trabalhadores. Acredito que essa ação deve ser julgada em caráter de urgência, por se tratar de uma greve que causa um grande prejuízo”, ressaltou. O vice-presidente do Sticpar, Donato Borges, informou que nesta segunda-feira, uma reunião de conciliação ocorrerá no 1º TRT (Tribunal Regional do Trabalho), no Rio.

CONCILIAÇÃO - “Os trabalhadores continuam parados. Teremos uma reunião de conciliação com a Andrade Gutierrez no 1º TRT no Rio, onde cinco trabalhadores estarão presentes. Nossa advogada foi ao Rio e protocolou o pedido do encontro. A decisão desta reunião será apresentada na terça-feira, em uma assembleia que será realizada com os trabalhadores, no portão 3 do Complexo Nuclear”, explicou Donato.