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“Sindicalistas com Lula” reúne mais de mil dirigentes sindicais

Em ato com sindicalistas, ex-presidente diz que cobrará responsabilidade do Congresso e aponta para política econômica que trará esperança

Publicado: 29 Março, 2016 - 09h24

Escrito por: Conticom, com informações da CUT Nacional

Na última quarta-feira (23) foi realizado um ato dos sindicalistas com Lula, na casa de Portugal em São Paulo, que reuniu mais de mil dirigentes sindicais. Na abertura foi apresentado um vídeo que mostrou mensagens de sindicalistas de todos os continentes do mundo em apoio a Lula, parte da campanha #LulaValeALuta. O encontro também divulgou um manifesto da classe trabalhadora em defesa da democracia.  
Estiveram na mesa de abertura dirigentes da CUT, Intersindical, UGT, CSB, Nova Central, Força Sindical e CTB, mostrando a unidade do movimento sindical brasileiro em apoio e defesa do ex-presidente.

Para Vagner Freitas “os mesmos que querem o golpe, querem acabar com carteira assinada, o 13º salário, colocar a terceirização indiscriminada e todo dia mandam deputado conservador no Congresso para tirar direito da classe trabalhadora. Peão que pensa com a cabeça do patrão é piolho, temos que defender nossos interesses e defender a democracia, o mandato da presidenta Dilma e que Lula possa ser ministro para construir o diálogo e o Brasil possa sair da crise”, defendeu. Para ele o movimento sindical tem que ir para a rua, para as portas de fábrica, mostrar que o golpe em Lula e Dilma, é um golpe nos trabalhadores.

LULA - Em sua intervenção Lula lembrou os canais de diálogo com os trabalhadores que criou durante seu governo e apontou para uma política econômica com viés diferente da atual, passado o período de turbulência.

O ex-presidente chamou para o Congresso a responsabilidade de ajudar o Brasil a deixar a crise, e disse que pode ajudar com ou sem pasta no governo, mas reforçou que, neste momento, é necessário impedir um retrocesso irreversível à democracia. “A economia se resolve amanhã ou depois, porém, evitar o golpe é hoje”.

Lula disse que é preciso encerrar a política de cortes, mas destacou que ela tem ligação direta com o que receberam os empresários de desoneração. “Entre desoneração e isenção para incentivar mais empregos, deixamos de receber no caixa do governo quase R$ 500 bilhões. Qual sindicalista não ouviu empresário dizer que mão de obra está muito cara? Agora tá ficando barato outra vez, porque quando começa a ter desemprego, a primeira coisa que fazem é reduzir salário do trabalhador”, pontuou.

Segundo ele, a presidenta Dilma tem consciência que é preciso adotar outro modelo. “Estamos vivendo um momento em que Estado não tem recursos, municípios não têm recursos, banco não empresta e empresário não quer investir. E quanto mais corte anuncia, menos capacidade de investimento temos e mais corte tem de fazer. A presidenta Dilma tem consciência que não dá para continuar política econômica que não permita geração de emprego.”

Para finalizar sua intervenção ele destacou os custos para os trabalhadores da operação lava-jato, “estão dizendo quando vai recuperar nessa operação, mas quero discutir  quanto de prejuízo já deu para a economia, se não é possível combater corrupção sem fechar empresas e causar desemprego. Quando tudo isso terminar, pode ter muita gente presa, mas também muitos desempregados. Vocês têm que procurar força tarefa e perguntar se eles têm consciência do que está acontecendo nesse país”, sugeriu.