MENU

7ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia reúne 6 mil em Areial/PB

Não ao golpe, sim a democracia, não aos retrocessos aos direitos das mulheres

Publicado: 09 Março, 2016 - 17h37

Escrito por: Conticom

notice

A sétima edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia levou às ruas de Areial na Paraíba, mais de seis mil pessoas, na última terça-feira(8), Dia Internacional da Mulher. A Marcha é realizada desde 2010, sempre em um dos 14 municípios onde o Polo da Borborema e a AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia atuam pelo fortalecimento da agricultura familiar agroecológica, há mais de 20 anos.

A Marcha é a expressão do trabalho que a Comissão de Saúde e Alimentação do Polo da Borborema vem desenvolvendo ao longo dos anos de resgate e valorização das experiências das mulheres agricultoras, bem como de denúncia e superação da violência sofrida por elas. Todos os anos, dezenas de reuniões de preparação ocorrem nas comunidades dos 14 municípios. Nestes espaços, as mulheres são encorajadas a falarem das suas experiências e apoiarem uma às outras, questionando as relações de desigualdade dentro da agricultura e identificando as mais variadas formas de violência a que estão submetidas.

A programação da Marcha teve início a partir das 8h30, com a concentração das caravanas em um palco montado no Campo do Cruzeiro. A marcha contou com mais de 70 ônibus dos municípios de onde o Polo atua e de outras regiões do estado.

Zeneide Grangeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Areial, reafirmou a importância de marcar o dia 08 de março como um dia de luta: “Nesse dia a gente vem aqui reivindicar nossos direitos, que muitas vezes são negados, quando a violência nos atinge. Viemos aqui também para que o nosso projeto de agroecologia seja reconhecido e valorizado pela sociedade”, disse. Zeneide lembrou ainda a trajetória da dirigente sindical Margarida Maria Alves, de Alagoa Grande-PB, assassinada com um tiro no rosto em 1983, por ter sido uma mulher combativa à frente do seu sindicato e de ter despertado a ira de latifundiários e usineiros poderosos da região. Sua morte trágica e cruel a tornou um símbolo da luta das mulheres rurais.

Jessica Santos e Amanda Trajano, diretoras do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de João Pessoa, estiveram presentes na marcha representando as mulheres da construção.