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8 de março: Salário igual para trabalho igual

Conticom comemora o 8 de março, dia Internacional de Luta das Mulheres

Publicado: 08 Março, 2016 - 15h39

Escrito por: Conticom

A Conticom saúda neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, todas as mulheres guerreriras do ramo da construção. A pesar de terem conquistado muito espaço nos setor e avanços no último período, as mulheres enfrentam diariamente muitas desigualdades no mercado de trabalho.

Isto ocorre porque grande parte dos cuidados com a família, que deveriam ser assumidos pelo Estado, ainda são colocados nas costas das mulheres. A precariedade dos serviços de saúde e a ausência vergonhosa de creches e escolas de educação infantil de tempo integral contribuem  para a permanência das mulheres isoladas em seus lares, ou no subemprego.

Para Maria de Fátima, Pretinha, diretora do Sintraconst (ES), “o 8 de março é uma data comemorativa das conquistas das mulheres, mas mais do que isso é um dia de luta, de reivindicações. No trabalho por exemplo, exercemos muitas vezes a mesma função que os homens, e com dupla (ou tripla) jornada em casa, e recebemos cerca de 30% a menos que os homens. Neste momento de recessão também somos as principais prejudicadas, as primeiras a ficar desempregadas, e muitas com medo de ficar desempregadas não denunciam assédio moral e sexual”.

Entre mulheres que estão mercado de trabalho os salários menores são uma realidade cruel. A mulher precisa trabalhar quase o dobro da carga horária, para obter o mesmo salário que o homem. Salário igual para trabalho igual é consagrado na Constituição Federal e lei desde 1957 quando o Brasil reconheceu a Convenção 100 da OIT- Organização Internacional do Trabalho.

Dulcilene Morais, secretária da Mulher da Conticom e presidenta do Marreta (PE), falou sobre abuso moral e sexual e destacou a importância da Lei Maria da Penha, “hoje, qualquer pessoa que presenciar qualquer ato de violência contra a mulher pode denunciar o agressor sem que a vítima precise dar queixa”, isso, segundo ela, “é uma medida importante, pois colabora para inibir os agressores e puni-los independente da vontade de sua parceira”.

Já Aline Ferle, presidente do Sindicato da Construção de Dourados (MS), destacou a qualificação profissional como instrumento de libertação das mulheres, “a cada dia as mulheres se mostram mais presentes nos canteiros de obra. Anos após conquistarem seu espaço no setor da construção civil, as mulheres querem se qualificar para ampliar sua renda familiar e se tornarem mais independentes”.