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Após 18 dias de greve, Marreta arranca reajuste de 9,9% em Pernambuco

Patrões terão que devolver desconto feito em novembro

Publicado: 04 Dezembro, 2015 - 16h47

Escrito por: Conticom

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Após 18 dias em greve geral os trabalhadores da construção de Pernambuco arrancaram reajuste salarial de 9,9%, mantendo sua data base. Ao todo foram 17 rodadas de negociação, 5 passeatas na capital, ação solidária para doação de sangue e ocupação do palácio do governo e da Prefeitura.

O Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Recife (Marreta), que encabeçou a greve, também ocupou os escritórios das empresas que fizeram o desconto dos dias parados em novembro.

O Acordo prevê, além do reajuste de 9,9% e a manutenção da data-base, que os dias parados serão pagos e compensados e as empresas terão que devolver dos descontos realizados no salário de novembro. A Convenção foi assinada no Ministério do Trabalho, com a presença de todos os sindicatos da construção do estado. Para a presidente do Marreta, Dulcilene Moraes, “o resultado é uma grande vitória para todos. Deixamos claro também que o acordo tinha que ser para todos ou ninguém assinaria. Foram 17 rodadas de negociação, mas a categoria estava unida, a gente resistiu. Saímos dessa campanha fortalecidos e com a autoestima lá em cima”. 

A proposta patronal estava emperrada há semanas no reajuste de 3% em novembro e 6 % em abril de 2016 com alteração da data-base (de outubro para abril), o que não cobria nem a reposição da inflação.

O Marreta contou com o apoio da Federação da Construção do estado e outros sindicatos, alem da Conticom, da CUT nacional e estadual, da Internacional da Construção e da Madeira (ICM) e de outras centrais.