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Greve nos canteiros de obra completa 11 dias em Recife

A paralisação continua por tempo indeterminado porque os patrões só apresentaram até agora propostas de redução real de salário

Publicado: 26 Novembro, 2015 - 17h16

Escrito por: Conticom

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Nesta quinta-feira (26) completaram 11 dias desde o início da greve dos trabalhadores da construção civil de Recife. Nesta semana foram realizadas diversas assembleias, manifestações e tentativas de negociação, mas a intransigência patronal não permitiu que o acordo fosse fechado.

Na segunda feira (23), sob a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada (Marreta), os trabalhadores se dirigiram à sede da Prefeitura do Recife, no Cais do Apolo, e ocuparam o local. O secretário de governo, Gabriel Leitão, recebeu a presidente do Marreta, Dulcilene Morais, que reivindicou que a prefeitura não faça os repasses às construtoras, já que elas insistem em não pagar os trabalhadores na semana que vem.

Os trabalhadores da construção civil pedem umreajuste salarial de 20%, além de adicional de hora extra de 100%, não ampliação de jornada de trabalho para os sábados, vale alimentação no valor de R$ 200 e melhorias nas refeições dos operários.

Apesar de muitas rodadas de negociação, inclusive a ontem que durou até às 23h no Ministério do Trabalho, a intransigência do sindicato patronal não permitiu o avanço do acordo, além de querer mudar a data-base dos trabalhadores (de outubro para abril), a proposta menos pior até agora é reajuste de 3% em outubro e 6% em janeiro, que não repõe nem a inflação do período que foi de 9,9%, segundo o DIEESE.

Segundo a presidente do Marreta há boa vontade da parte do sindicato em negociar, “mas o patronal quer fazer passar uma proposta que na prática reduz o salário real dos trabalhadores, e isso não aceitamos”. Dulcilene ainda informou, que dada a situação, é muito provável que a resolução do conflito se dê no tribunal.

O Marreta realizou na manha desta quinta uma nova assembleia na qual os trabalhadores rechaçaram novamente a proposta patronal e reafirmaram greve por tempo indeterminado. Segundo o sindicato pelo menos 95% da categoria está parada no estado, o que representa mais de 100 mil trabalhadores e pelo menos 363 obras. O sindicato também conta com o apoio e adesão da Federação da Construção do estado e do Sindicato da Construção de Jaboatão.