MENU

Trabalhadores param 350 obras por tempo indeterminado em Recife

“Sem aumento, não tem apartamento”, afirma Marreta, ampliando a mobilização em todos os canteiros

Publicado: 23 Novembro, 2015 - 16h43

Escrito por: Conticom

notice

Desde a última segunda-feira (16) cerca de 350 canteiros de obra estão parados em Recife e cidades do entorno. Durante esta primeira semana de greve o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada de Pernambuco (Marreta) além de organizar as paralisações, realizou passeatas e participou de reunião com o sindicato patronal.

A pauta de reivindicações inclui um aumento real de 20%, vale-compras de R$ 200, a manutenção da jornada de trabalho atual, de segunda a sexta, sem expediente aos sábados, como querem os patrões, e hora extra de 100% sobre a hora normal.

Os patrões não querem pagar aumento este ano, nem mesmo repor a inflação. Em reunião no Ministério do Trabalho o patronal insistiu em dizer que não há condições de conceder reajuste e fez uma mísera proposta de reajuste de 6%, que nem a inflação cobre, parcelado em três vezes. A data-base da categoria é outro ponto que os patrões querem mexer, tradicionalmente em outubro, a proposta é jogar para março.

A categoria rechaçou por unanimidade em assembleia estas propostas e decidiu pela manutenção da greve por tempo indeterminado. Houve também assembleias nos canteiros de obras, que decidiram pela manifestação e protestos em diversos pontos da cidade na sexta-feira (20).

O Marreta informou que das obras em paradas, 60 são empreendimentos residenciais em fase de acabamento. “Quem comprou quer receber na data prevista. Isso deve servir como elemento de pressão sobre as construtoras: se não dá aumento, não tem apartamento”, explica Dulcilene.