MENU

Após serem proibidos de entrar na Câmara, dirigentes da CUT lançam Agenda Legislativa no Senado

Atividade aconteceria no Salão Nobre da Câmara, mas Cunha desmarcou duas horas antes

Publicado: 04 Setembro, 2015 - 17h10

Escrito por: Conticom, com informações da CUT

notice

Na última quarta-feira (2), faltando apenas duas horas para o lançamento de um estudo da CUT sobre projetos que afetam a classe trabalhadora, os dirigentes sindicais da Central foram informados sobre o cancelamento do evento, marcado no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, e a proibição de sua entrada.

A Agenda Legislativa, que a Central acabou apresentando no Senado, é um contraponto à Agenda Brasil divulgada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Entre os temas para os quais os trabalhadores apresentação alternativas estão a negociação coletiva, o direito de greve no setor público, a redução da jornada e a terceirização.

Claudio da Silva Gomes, presidente da Conticom, explicou que a Agenda “é a pauta do que temos que fazer no congresso nacional, o trabalho de pressão, para aprovar os projetos dos nossos interesses e para combater os que são nocivos para os trabalhadores, como a questão da terceirização, trabalho do menor e a exclusão de alguns direitos. Essas mudanças na legislatura são extremamente conservadoras e calcadas nas necessidades do empresariado, que tem imposto para nós como agenda legislativa, e que tem sido votada de acordo com os interesses do presidente do congresso, que sabemos que é extremamente patronal e anti trabalhador”.

O secretário de Organização e Política Sindical da CUT, Jacy Afonso de Melo, criticou o autoritarismo de Cunha, “ele usa os mesmos instrumentos que eram usados pela ditadura, de impedir o povo de participar das atividades legislativas. Muito nos estranha que esta seletividade no ingresso ao parlamento é sempre quando a CUT faz uma atividade na Câmara. Cunha como presidente de um dos poderes da República deveria ser um dos principais interlocutores da democracia e não o contrário”, diz o dirigente.