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Sindicato Sul Fluminense rejeita proposta patronal em mesa de negociação

Sem reposição de inflação nem ganho real, trabalhadores cogitam greve no setor

Publicado: 30 Julho, 2015 - 16h04

Escrito por: Imprensa do Sindicato Sul Fluminense

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Em nova roda de negociação, que ocorreu na última segunda-feira (27), a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Sul Fluminense rejeitou a proposta patronal (Sinduscon-SF) de 5,5% de aumento salarial para o fechamento da Convenção Coletiva da categoria, que tem como data base 1º de julho. A proposta não atende as expectativas dos trabalhadores do setor  e nem da diretoria da entidade que reivindicam a reposição da inflação do período, calculada em 9,31%, mais ganho real.

“Vamos permanecer em negociação com o objetivo de avançar e conquistar um reajuste satisfatório que possa traduzir o reconhecimento e a valorização dos trabalhadores da construção civil”, informou o presidente do Sindicato, Sebastião Paulo, ressaltando que a diretoria da entidade, desde a implantação do Plano Real, nunca fechou nenhum acordo ou convenção coletiva sem a reposição da inflação e a garantia de ganho real. “Não será diferente nesta campanha salarial”, acrescenta.

 Apesar da crise apontada pelo setor patronal, Sebastião Paulo considera o cenário promissor. “A nossa categoria ainda não está sendo afetada pela crise, isso se comprova mediante as várias obras que estão sendo iniciadas e as que já estão em andamento na região”, avalia. Segundo ele, o quadro pintado pelo patronal não corresponde à realidade, uma vez que outras categorias têm conquistado aumentos de acordo com o INPC do período.

“A nossa categoria na sua trajetória de luta já demonstrou o seu poder de força para lutar a favor dos seus direitos e contra a postura patronal de sempre deixar a conta para os trabalhadores pagarem”, esclarece Sebastião Paulo, enfatizando que a diretoria do Sindicato aposta no entendimento e no bom senso no decorrer das negociações, “mas caso isso não seja possível, os trabalhadores do setor já acenam com a possibilidade de greve”.