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Em defesa do emprego, trabalhadores condenam leilões e desinvestimentos no Sistema Petrobrás

Lideranças da Conticom, FUP e CNM aprovam plano de ação para impedir a efetivação do retrocesso

Publicado: 28 Julho, 2015 - 16h47

Escrito por: Conticom

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O Fórum Nacional de representantes dos trabalhadores das empresas terceirizadas que atuam no sistema Petrobrás reuniu 22 dirigentes, de 10 entidades e diversas categorias, nesta quinta-feira (23), na sede estadual da CUT- Rio de Janeiro, para defender o emprego. Além de lideranças da Conticom participaram companheiros da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), que reiteraram a importância de somarem esforços contra os desinvestimentos no sistema Petrobrás, barrar os leilões do petróleo e combater a terceirização.


PRIVATIZAÇÃO - “Há uma preocupação generalizada com a recente política de desinvestimento e privatização da estatal. Leilão é privatização, é desnacionalização, é algo que joga por terra todos os avanços que tivemos com o governo Lula”, declarou o secretário de Política Sindical da Conticom/CUT, Marcos Aurélio Hartung (Marcão).

6 DE AGOSTO - O encontro aprovou a realização de um ato no próximo dia 6 de agosto, no Rio de Janeiro, quando estará reunido o Conselho de Administração da Petrobrás. “A ideia é mobilizarmos o conjunto da militância não só da CUT, mas somarmos o conjunto das centrais sindicais e movimentos sociais para ampliar a pressão e exigir mudanças. A forma como estão lidando com os contratos, somado aos desinvestimentos, só multiplica o desemprego. Nós não aguentamos mais”, enfatizou Marcão. Entre as propostas aprovadas, relatou o dirigente, está a elaboração de um documento para ser entregue à presidente Dilma, “porque o governo precisa agir e rápido, mudar esta orientação recessiva”.

GREVE DOS PETROLEIROS - Nos primeiros minutos de sexta-feira, comandados pela FUP e seus sindicatos, os petroleiros iniciaram uma grande mobilização nacional contra o novo plano de Gestão e Negó- cios aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobrás, que prevê cortes de 89 bilhões de dólares nos investimentos e despesas da empresa, além de venda de ativos que poderá reduzir em 57 bilhões o patrimô- nio da estatal. “Se esse projeto seguir adiante, significará o desmantelamento do Sistema Petrobrás, colocando em risco empregos, direitos e conquistas sociais”, alertou o coordenador da FUP, José Maria Rangel.

DILAPIDAÇÃO - “Metalúrgicos, operários da indústria naval e da construção civil, petroleiros terceirizados estão sendo demitidos, em função de obras paralisadas e investimentos suspensos. A BR Distribuidora já está em processo de abertura de capital e outros ativos estratégicos serão entregues ao mercado, se não barrarmos esse ataque”, frisou Rangel.