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Conticom participa da reunião da ICM com representantes dos trabalhadores nas obras da copa do mundo de 2014

Encontro da Internacional da Construção e da Madeira definiu a entrega de uma pauta única de reivindicações

Publicado: 21 Novembro, 2011 - 14h32

Escrito por: CUT Nacional

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Líderes sindicais representantes dos trabalhadores de dez das 12 obras dos estádios que receberão as partidas da Copa do Mundo de 2014 se reuniram quinta-feira (17) com a ICM (Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira) na capital paulista e definiram uma pauta única de reivindicações para negociar
com as indústrias da construção. Diante dos problemas, ocorreram pelo menos 12 greves nas obras dos estádios em 2011. O documento será entregue à CNI (Confederação Nacional da Indústria), ao Ministério do Trabalho e à Secretaria Geral da Presidência da República até o final deste ano.
PRIORIDADES - Os pontos principais são a criação de um piso salarial nacional para os operários, baseado no valor mínimo praticado em São Paulo, de R$ 968. Sobre este valor seria aplicado um adicional correspondente ao crescimento do faturamento do setor da construção civil em 2011 (11,9%), mais a inflação do período.
ACRÉSCIMOS - Além disso, foram incorporados à pauta vale-alimentação de R$ 300, plano de saúde extensivo aos familiares dos trabalhadores, pagamento de participação nos lucros no valor de dois salários e pisos para adicionais noturnos, hora-extra de 80% em dias de semana, 100% aos sábados e 150% aos domingos
e feriados; e folga familiar de cinco dias a cada 60, a começar em uma segunda- feira e somando-se às folgas de sábado e domingo, para o trabalhador voltar à sua cidade de origem e ver a família. À Fifa será levada a reivindicação de pelo menos um ingresso para cada trabalhador dos estádios.
ARTICULAÇÃO - Desde março de 2010 a ICM articula com os sindicatos das cidades-sedes da Copa a criação de uma frente única para negociar com as empreiteiras que tocam as obras da Copa.  A Conticom/CUT estava representada pelo seu secretário de relações internacionais, Domingos de Oliveira Davide, que destacou a determinação da Confederação, suas Federações e Sindicatos, de fortalecerem os laços de unidade e mobilização
com vistas à garantia de um Contrato Coletivo Nacional que garanta salário digno e trabalho decente.