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Prazos curtos e extensas jornadas na parada da RLAM podem ter gerado explosão e incêndio

Acidentes na Refinaria Landupho Alves feriram 3 pessoas nesta semana

Publicado: 23 Janeiro, 2015 - 16h21

Escrito por: Conticom

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No dia 18 de janeiro aconteceu uma explosão da Refinaria Landupho Alves (RLAM), em Mataripe/BA, durante parada de manutenção na Unidade Geradora de Hidrogênio. 
Os operários feridos são os caldeireiros José Adailton e Jonas Leal e Jucineide de Jesus, ambos de empresas terceirizadas. Eles sofreram queimaduras de 20 a 70% do corpo e traumatismos, sendo levados para o Hospital de Medicina Humana, no município de Candeias.
Já na quarta-feira (14), uma queda de energia provocou incêndio em outra unidade e o desarme de máquinas, equipamentos e instrumentos de segurança em outras unidades.
A queda de energia causou problemas no sequenciador dos absorvedores, bloqueando todo o sistema e pressurizando a linha de querosene. Uma válvula de segurança (PV-30043) não funcionou perfeitamente e houve vazamento de querosene em alta temperatura para a atmosfera, ocasionando incêndio no local. A Petrobrás esta acompanhando os feridos e dando assistência para família das vítimas.
Segundo a direção do Sindipetro Bahia e do Sittican, acidentes como estes podem ser consequências das paradas de manutenção com prazos curtos e extensas jornadas de trabalho impostas aos que trabalham na refinaria.
Segundo Claudio Guedes, diretor de combate ao racismo da Conticom e diretor do Siticcan, “o ministério público foi acionado e notificou a Petrobrás para tomar algumas medidas como a troca do lanche por janta para os trabalhadores, além da adequação de horários dos trabalhadores da noite, que estavam trabalhando além do limite”.