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28 de janeiro: Dia Nacional de Luta por Emprego e Direitos

Após aumento de juros e anúncio de ministros, governo põe trabalhadores para pagar a conta dos “ajustes” na economia

Publicado: 20 Janeiro, 2015 - 10h03

Escrito por: Conticom

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Não esperávamos que 2015 fosse um ano fácil, já que as primeiras medidas anunciadas por Dilma após a eleição foram elevações de juros e a nomeação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda. A indicação de Kátia Abreu, Kassab, Armando Monteiro, entre outros, só deixaram mais clara a disposição do governo emadotar um viés mais conservador e pré-disposto às políticas liberais.

Nesta conjuntura, os trabalhadores, que passaram 12 anos lutando pela ampliação de direitos, agora precisam lutar pela garantia e manutenção do que já está aí. E a Presidente Dilma, apesar de ter prometido o contrário na campanha eleitoral, está dando passos atrás no direito dos trabalhadores.

Para Claudio da Silva Gomes, presidente da Conticom, “todos os ‘ajustes’ feitos na economia estão sendo pagos pelos trabalhadores, e esse não foi o compromisso. Fizemos campanha juntos por mais direitos, voz e participação. Mas a vaca tossiu e mexeram nos nossos direitos”.

Portanto a CUT e as demais Centrais Sindicais realizarão no próximo dia 28 de janeiro o Dia Nacional de Luta por Emprego e Direitos. Atos serão realizados por todo o país, onde os trabalhadores reivindicarão a revogação das medidas do Governo Federal, que retiram R$18 bilhões dos direitos trabalhistas e previdenciários, dificultando e, em alguns casos, extinguindo o acesso da classe trabalhadora a direitos econômicos e sociais.

Entre as novas regras para a concessão do seguro-desemprego, por exemplo, está a triplicação do período de trabalho exigido para que o trabalhador peça pela primeira vez, o que pode reduzir em mais de 2 milhões o número de trabalhadores que receberão o benefício em 2015, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Os cortes orçamentários que estão em andamento são cortes nas despesas com o povo, e não nas despesas com banqueiros e rentistas, que continuam lucrando com os juros altíssimos que o governo mesmo estabeleceu. De janeiro até novembro do ano passado o governo federal transferiu R$ 233,4 bilhões em juros.

Sem falar nos cortes que estão sendo realizados na Petrobrás, gerando a demissão de trabalhadores, atraso de salários e projetos, deixando milhares de trabalhadores na mão.

“A Conticom vai participar das mobilizações municipais, estaduais e nacional. Esta não é apenas uma luta do ramo, mas sim de toda a classe trabalhadora. Não vamos permitir retrocessos nos nossos diretos”, completa Claudio.