Sobe para 11 o número mortes no setor de rochas no Espírito Santo

Subiu para 11 o número de trabalhadores mortos no setor de rochas no estado do Espírito Santo neste ano. Somente em setembro foram três acidentes gravíssimos.

Alan Roli Martins, 23 anos, foi a mais recente vítima fatal. Ele morreu nesta segunda-feira (22) eletrocutado em seu primeiro dia de trabalho, na Mineração Ipiranga, em Cachoeiro do Itapemirim.

No domingo Ronei Souza, 19 anos, foi atingido por chapas na empresa MG2, também em Cachoeiro do Itapemirim. Ele está em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Na primeira quinzena deste mês Willian Cardoso, 19 anos, morreu depois de ser atingido por uma pedra na cabeça após uma explosão, na Mineração Thomazini, em Barra de São Francisco.

Na última terça-feira (23) o Sindimármore do Espírito Santo realizou uma reunião que havia chamado no Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre instalações elétricas no setor de rochas ornamentais. O setor patronal não estava presente, pois alegou estar participando de outra atividade.

O MPT chamou um engenheiro elétrico para assessorar as reivindicações dos dirigentes, que na última campanha salarial tentaram incluir uma cláusula na convenção coletiva onde as empresas teriam que fazer uma vistoria anual no seu sistema elétrico e divulgar o relatório. A cláusula foi negada pelas empresas.

“Não podemos permitir que nossos companheiros sejam mutilados ou mortos no seu local de trabalho, onde deveriam ganhar a vida. Insistimos que acidentes podem ser evitados, e uma das ações é os patrões investirem em segurança”, destacou o dirigente Aguinaldo Grillo.

Depois de ouvir as reivindicações de apoio para evitar acidentes no setor, o MPT resolveu que vai chamar uma audiência com o sindicato patronal sobre a NR-10. Para José Grilo “o Ministério chamar é um avanço, pois dá mais força. Quando nós os chamamos eles não aparecem”.