Operários da construção pesada do Paraná aprovam paralisaçãon após proposta patronal vergonhosa

Após cinco rodadas de negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Paraná (Sintrapav) e o Sindicato Patronal, realizadas ao longo do mês de maio, a proposta que foi apresentada para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da Construção Pesada do Paraná foi uma vergonha. Os patrões querem reajustar os salários e o vale refeição dos trabalhadores com apenas 1% de aumento real, ou seja, com índice de apenas 7% (a estimativa da inflação acumulada nos últimos 12 meses anteriores à data-base é de 6%).

Além de ridícula, a proposta patronal é uma afronta aos trabalhadores, pois não reflete a realidade do setor. Para se ter uma ideia, com essa mixaria de reajuste, o vale refeição passaria dos atuais R$ 12,50 para R$ 13,38. Não chega a um mísero R$ 1,00 de aumento. É revoltante porque enrolaram em todas as reuniões para apresentar isso. O Sintrapav tentou forçar um aumento digno pela via negocial, mas essa foi a palavra final dos patrões. 
Diante dos fatos os foi aprovada em assembleia pelos trabalhadores a rejeição da proposta patronal e greve por tempo indeterminado.
SINDICATO FECHA ACORDOS PARALELOS
As primeiras assembleias que apreciaram a ridícula proposta patronal foram realizadas nas grandes obras da construção pesada do Paraná. São nelas onde está concentrada a maioria dos trabalhadores que entraram em greve. O Sintrapav está aberto às negociações para Acordos Coletivos de Trabalho por empresa, e os tem feito desde o início da greve. Os acordos fechados tem reajustes de 9 e 10%, melhorias nos adicionais de horas extras, programa de Participação nos Resultados (PPR), aumento no vale refeição.