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70 mil operários e duas mil obras paradas no segundo dia de greve da construção em Pernambuco

Trabalhadores dizem não à mesquinharia patronal e paralisam mais de 90% das obras

Publicado: 01 Novembro, 2011 - 13h50

Escrito por: Camila Caresia

 

A greve dos trabalhadores da construção de Pernambuco entrou no segundo dia, nesta terça-feira (1º), com a paralisação de 70 mil operários em duas mil obras. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada de Pernambuco (Marreta), mais de 90% obras estão completamente paradas.

Exigindo mais salários e melhores condições de trabalho, cerca de 1500 operários fizeram passeata pelas ruas de Recife. Houve violenta repressão policial na capital e dois trabalhadores foram feridos por balas de borracha.

De acordo com a presidenta do Marreta, Dulcilene Morais, “o batalhão de choque chegou logo cedo e se postou ao lado do Sindicato. Como não puderam impedir a passeata, tentaram parar na marra. Mas nós continuamos a passeata e fomos ao palácio do governo exigir respeito”.

O batalhão de choque ainda jogou bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes. O Sindicato prestou queixa formal contra a Polícia Militar de Pernambuco.

REIVINDICAÇÕES - Os trabalhadores exigem reajuste de 15% nos salários, 100% no pagamento das horas extras nos sábados, R$ 100,00 de vale refeição, melhoria na alimentação e nas áreas de vivência, além de avanços nas cláusulas de segurança no trabalho.

Dulcilene denunciou que o aumento oferecido pelas construtoras não acompanha a valorização dos preços dos imóveis no Estado. Uma outra passeata nesta terça-feira, desta vez em Boa Viagem, transcorreu normalmente, sem repressão policial. O Sindicato informou que o movimento se fortaleceu e que, pelo patronato, não existe previsão para negociação.