Greve dos trabalhadores da construção de Campo Grande arranca 8% de reajuste

Cerca de 30 mil operários da construção civil de Campo Grande vão ter reajuste salarial de 8% retroativo à 1º de março deste ano. Em reunião na tarde da última sexta-feira (2) com o Sinduscon, os trabalhadores aceitaram a proposta e encerraram a paralisação, que completava 10 dias.
Os trabalhadores também vão receber um vale alimentação de R$ 100 por mês, cláusula social que ainda não existia na convenção. Além disso, foram sete dias úteis parados. Os patrões vão dar abono de 50%, que serão repostos nos próximos dias, e descontar 50%.
A greve dos trabalhadores foi firme, neste que é um dos estados com salários mais baixos no setor de todo o país.
Na segunda-feira (28), o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campo Grande – MS (Sintracom-CG) havia realizado uma atividade de panfletagem e conscientização dos trabalhadores do Aquário do Pantanal. Onde pelo menos vinte policiais do choque e da policia militar estavam no local. Os dirigentes do Sintracom-CG (filiado à CUT), rechaçaram a presença da polícia militar e do choque, que provocou um constrangimento por parte dos trabalhadores e dos grevistas. Na opinião de José Abelha Neto, Presidente do Sintracom-CG, “a presença do choque na obra do Aquário, demonstrou ser um erro do governo estadual. Nós ficamos indignados e sentimos nosso direito de greve ser prejudicado, os trabalhadores ficaram constrangidos de conversar com o sindicato. Ainda assim, a maioria pegou os panfletos, mais de 50 pessoas assinaram nossa lista de greve e depois, dentro do canteiro, pelo menos 80% dos trabalhadores pararam suas atividades, conforme o relato dos trabalhadores.
O Sintracom-CG já havia paralisado diversas obras na cidade e no meio da semana passada paralisou as cimenteiras da cidade, forçando a paralisação de obras que ainda não estavam paradas.