1º de Maio da CUT mobiliza milhares de trabalhadores em defesa continuidade do atual projeto político brasileiro
“Não abrimos espaço em nosso palco para os representantes das elites, dos empresários e de partidos que representam o retrocesso”, afirmou Vagner Freitas, presidente da CUT
Publicado: 07 Maio, 2014 - 17h14
Escrito por: Conticom, com informações da CUT Nacional
As lideranças sindicais e dos partidos PT, PSB, PC do B, PMDB e PDT, que falaram durante o ato político do 1º de Maio da CUT, CTB, UGT e CSB, destacaram que todos os recentes avanços sociais obtidos nos últimos anos são resultado, em grande parte, da ação do movimento sindical. As mobilizações de rua, a organização nos locais de trabalho, as greves e a ação coordenada junto aos três poderes, que no passado foram fundamentais para a luta contra a opressão e o arrocho salarial, têm sido atualmente responsáveis por conquistas como os maiores aumentos salariais das últimas décadas, a política de valorização do salário mínimo, o aumento do emprego com carteira assinada e pelas sucessivas atualizações da tabela do imposto de renda, como a anunciada ontem pela presidenta Dilma.
Ao longo de todo o dia, mais de 100 mil trabalhadores e trabalhadoras participaram da comemoração, realizada no Vale do Anhangabaú, capital paulista.
“Foi um 1º de Maio vitorioso porque reunimos as principais centrais sindicais e não abrimos espaço, em nosso palco, para representantes das elites, dos empresários e de partidos que representam o retrocesso, como aconteceu próximo ao campo de Marte”, avaliou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP, organizadora das comemorações, avaliou que o tema adotado este ano – “Comunicação: O Desafio do Século” – foi mais do que acertado. “Temos hoje em dia um monopólio elitista dos meios de comunicação, que quase sem parar transmite mensagens que desqualificam ou fazem caricatura dos trabalhadores, e que pregam a demonização da política. Grande parte do desencanto com a política é fruto de anos e anos de uma mensagem contra a política e contra o povo”, comentou.
Espírito SantoBANDEIRAS DA CONTICOM
Manifestações e atos realizados pelos sindicatos da construção ocorreram também de Norte a Sul do Brasil, levantando bandeiras de todos os trabalhadores.
Claudio da Silva Gomes, presidente da Conticom, ressaltou a luta contra Projeto de Lei 4330/04, que libera a terceirização na atividade fim e acaba com a responsabilidade solidária entre as empresas, e lembrou “as empresas não são terceirizadas por serem especialistas no que fazem; na verdade, o que existe é a locação de mão de obra, o que é proibido. Essa proposta é muito negativa e vai dificultar o combate à precarização e a garantia do direito dos trabalhadores”.
Já Luiz Queiróz, vice-presidente da Conticom, ressaltou a importância de reivindicar um Contrato Coletivo Nacional, “existem muitas diferenças de norte a sul do país no que diz respeito às convenções coletivas, pisos, benefícios, cesta, e isso tem que acabar.” Luiz ainda lembra que “as regiões norte, nordeste e centro-oeste, tem o trabalho mais precarizado do país, e em alguns casos tem o metro quadrado mais caro também.”