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Rede Sindical Internacional dos Trabalhadores da Odebrecht vai brigar por Contrato Coletivo

Com participação destacada da Conticom/CUT, encontro no Espírito Santo reuniu lideranças sindicais de oito países.

Publicado: 27 Setembro, 2011 - 14h30

Escrito por: Leonardo Severo

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Com a presença de lideranças dos trabalhadores do Ramo da construção da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela, foi lançada em Vitória, capital do Espírito Santo, a rede sindical internacional da Odebrecht. 
 
ICM -Durante os dias 22 e 23 (quinta e sexta-feiras), dirigentes de oito países cujas organizações são filiadas à Internacional da Construção e da Madeira (ICM) debateram as inúmeras mazelas causadas pela multinacional brasileira, cujas ações antissindicais já são mundialmente conhecidas - e combatidas. Para o vice-presidente da Conticom/CUT, Luiz Queiroz, a conformação da rede sindical internacional vai potencializar as ações que já vêm sendo desenvolvidas dentro do país, particularmente em relação à luta pelo Contrato Coletivo Nacional. Além disso, explicou, “faremos ações conjuntas com relação às obras de infraestrutura e da Copa do Mundo, dando prioridade à agenda do trabalho decente”.
 
PRESSÃO - “Também decidimos ter uma ação mais coordenada na RIO+20, com a delegação da ICM pressionando junto por avanços”, acrescentou Luizinho. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores
da Construção, Terraplanagem, Estradas e Pontes, Construção e Montagem de Vitória (Sintraconst-ES),
Paulo César Borba Peres (Carioca), a atuação conjunta é decisiva no caso da Odebrecht, “que tem como marca a ação antissindical e de desrespeito aos direitos”. “Só nos respeitam depois que a gente faz greve. No Espírito Santo chegaram ao cúmulo de fundar uma entidade paralela da construção pesada, tudo para ter uma
entidade que carregam debaixo do braço para reduzir salários e direitos”, condenou Carioca.
 
AÇÃO - Além do caminho institucional, dialogando com os governos, acredita Carioca, a rede deve ter “ações diretas com a Odebrecht e com as empresas que a contratam, como a Vale, Votorantim e Petrobrás, para garantir um patamar mínimo de direitos e negociações claras”. Estiveram presentes vários sindicatos filiados a ICM, como a Federação de Solidária SP, a FETRACONMAG/ES. Domingos Oliveira, secretário de Relações Internacionais
foi indicado pela Conticom para representá-la na rede Odebrecht.