Seminário da Fetricom-MS sublinhou a importância da comunicação em redeO Seminário de Comunicação realizado pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira do Mato Grosso do Sul (Fetricom-MS), nesta segunda e terça-feiras (13 e 14), no salão do Hotel Santa Mônica em Corumbá-MS, debateu a relevância do investimento na imprensa sindical e da conformação de redes de informação entre as entidades para o fortalecimento da ação junto às bases, ao governo e à sociedade para garantir e ampliar direitos.

O evento reuniu representantes sindicais e assessores das entidades filiadas à Fetricom, que trocaram experiências, dialogaram sobre os diversos instrumentos para agilizar a comunicação e coordenaram iniciativas para dar maior visibilidade às bandeiras do ramo.

“Debatemos sobre o papel e a responsabilidade de cada dirigente e de cada entidade para fazer com que as lutas e conquistas da categoria e da classe trabalhadora sejam conhecidas e reconhecidas, não só a nível local, mas a nível estadual e nacional”, declarou o assessor da Secretaria de Comunicação (Secom) da CUT Nacional, Leonardo Severo. Segundo o jornalista, esse protagonismo é fundamental “para o embate econômico, político e ideológico contra o capital, elemento chave não só para consolidarmos avanços nas condições de vida e trabalho, como para a construção de uma nova sociedade mais justa e igualitária, uma sociedade socialista”.

O assessor cutista, que também é autor do livro Latifúndio Midiota, crimes, crises e trapaças (Editora Papiro, 140 páginas, R$ 20), falou sobre a campanha desenvolvida pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) em defesa de um novo marco regulatório do setor. “Para garantir a efetiva liberdade de expressão, é preciso romper a mordaça imposta ao conjunto da sociedade por meia dúzia de famílias que, controlando emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas e portais de internet, impõe a sua visão de mundo e de seus anunciantes sobre os de toda a coletividade”, acrescentou.

De acordo com Waldir Alexandre Pádua Pimenta, presidente em exercício do Sindicato de Corumbá, a atividade contribuiu com novos elementos de análise, estimulando o intercâmbio de informações e o maior conhecimento sobre as distintas realidades. “O Seminário serviu para que tenhamos a dimensão exata da necessidade de investir na comunicação sindical, que precisa cada vez mais ser encarada como uma prioridade pelos sindicalistas”, disse.

Para o presidente da Fetricom-MS e secretário de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom-CUT), Webergton Sudário (Corumbá), o Seminário ajudou a consolidar entre os dirigentes do conjunto das entidades filiadas à Federação o compromisso com a luta pela democratização da comunicação. “Além do fortalecimento da imprensa de cada Sindicato e da própria Federação, ficou claro que precisamos estar integrados com o conjunto dos movimentos sociais, em cada localidade, para pressionar os parlamentares e o governo para que tenhamos uma lei que dê voz a todos e não a alguns poucos proprietários, como temos atualmente”, declarou.

Entre outros exemplos, Corumbá citou as coberturas realizadas pelo Portal do Mundo do Trabalho nas mobilizações e greves operárias nas usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, e na Eldorado, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul,  onde se constrói a maior fábrica de celulose do mundo.

Entre as questões pontuadas como essenciais para o próximo período, a delegação de Rio Verde defendeu uma maior qualificação de assessores e dirigentes por meio da realização de Seminários regionais e municipais de Comunicação, acompanhados de debates formativos sobre organização sindical, saúde e segurança e negociação coletiva.

A nível nacional, destacou o secretário de Comunicação da Conticom, “Vamos nos esforçar para levar este debate ao conjunto dos Estados, com o decisivo apoio da Secretaria de Comunicação da CUT Nacional”. “Vivemos um momento decisivo para a vitória e consolidação do nosso projeto. Sem a nossa pressão, o governo empaca e o retrocesso passa a ganhar força, como vimos recentemente na lei anti-greve e na política de arrocho dos professores e servidores federais”, concluiu Corumbá.