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Sindicato de Campinas age e impede que “gato” mantenha trabalhadores em condições sub-humanas

“Alojamento” da Apedrosa Construções não tinha banheiro, janelas, chuveiro, nem camas.

Publicado: 20 Junho, 2012 - 14h34

Escrito por: Conticom

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Acionado para fiscalizar um alojamento no bairro Novo Mundo, em Campinas, terça-feira (19), o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campinas e Região, através do seu diretor, Paulo Martins, encontrou nove operários vivendo em condições sub-humanas. O alojamento não tinha banheiro, janelas, chuveiro, nem camas.

Na noite anterior, o “gato”, conhecido por Edmilson, dono da Apedrosa Construções, terceirizada que contratou os trabalhadores, trancou o alojamento com cadeado e deixou todos dormindo na rua, sem comida nem banho. Tudo porque haviam reclamado das condições de alojamento e trabalho, uma vez que a Apedrosa não cumpria com as cláusulas sociais e econômicas previstas na Convenção Coletiva.

Após expor a gravidade da situação e cobrar as obrigações trabalhistas da PDG, responsável pela obra do conjunto de residências no Jardim Santa Genebra, o Sindicato chegou a um acordo para resolver a situação. A PDG se comprometeu a fornecer alojamento, café da manhã, café da tarde e outras obrigações trabalhistas, como o pagamento dos dias trabalhados. O sindicato vai acompanhar o desdobramento do compromisso assumido pela PDG.

Na avaliação de Paulo Martins, a pressão desde os canteiros de obra é fundamental. “Os companheiros e companheiras não podem deixar a situação chegar aonde chegou, precisam denunciar quando o gato descumprir o acordo, não podem ter medo. Ajudamos a construir este país e nenhum trabalhador pode sofrer esta humilhação, denunciem!”, frisou